Recentemente a presidente da ONG Amor de Quatro Patas (Avaré), a famosa Dona Lurdes, foi atacada por um cachorro pit bull que a instituição possui a guarda. Mesmo com uma situação delicada, uma das primeiras falas da presidente, após o acidente foi: não sacrifique o cachorro.
A raça é muito associada ao temperamento agressivo; os pit bulls surgiram no início do século 19, na Inglaterra. Devido à força do animal, as pessoas começaram a usar o cão para esportes violentos, como luta com bichos selvagens e rinha.
Especializado em comportamento animal, o médico veterinário Orlando Neto, afirma que o pit bull só se torna violento se tiver um direcionamento humano para que isso ocorra: “Tudo depende da maneira como o tutor cuida e educa.
Então vamos desmistificar esse pré- conceito que o animal nasce bravo, não pense que o Pitbull é bravo por natureza, pois é o ambiente que constrói a personalidade do cão. No caso do acidente da ONG de Avaré, o cachorro já veio de um ambiente hostil.
Ainda que a medida seja recomendada para todas as raças, no caso deles é ainda mais imprescindível habituá-los, desde filhotes, a diferentes pessoas e situações. Isso faz com que se tornem adultos mais confiantes, o que é importante para diminuir o risco de agressividade”.
A prova de que a genética, embora influencie, não é determinante no comportamento do cachorro, se dá pela evidência: muitos cães de companhia por vezes exibem atitudes agressivas por se sentirem inseguros em decorrência de experiências negativas com outras pessoas, animais ou situações.
O grande perigo no caso de cães como o Pitbull com temperamento normal é que enquanto a mordida de um Spitz arisco pode resultar em ferimentos leves num adulto, a de um cão grande, devido a sua força, pode ser fatal.
Proporcione ao pet uma rotina adequada, com oportunidades de escolha para exercer seus comportamentos naturais e gastar energia. Além disso, assegurar a ele cuidados veterinários é uma medida fundamental para ter um cão saudável, menos ansioso e feliz, desmistificando a fama de “Pitbul: o cão mais bravo do mundo”.
Vamos seguir o lindo exemplo da dona Lurdes da ONG Amor de Quatro Patas e perpetuar o amor mais puro que eles merecem, compreendo as trajetórias e enfatizando que merecem respeito e paz.