A cabeleireira Priscilla Pesente Borzani, 37 anos, que já foi tema de matéria no site, continua a campanha para conseguir suas próteses, mas recentemente ela usou as redes sociais para fazer um desabafo sobre problemas de acessibilidade em Avaré.
“Calçadas quebradas, ausência de rampas nas entradas dos comércios, falta de fiscalização de policiais em vagas especialmente para CADEIRANTES, banheiros especiais e outros, são problemas que limitam o livre deslocamento de pessoas com deficiência. É fundamental que a educação seja um agente de mudanças nesse sentido incentivando o cotidiano dessas pessoas”, escreveu Priscilla, que amputou as pernas ano passado por conta de complicações causadas pelo diabetes.
“Em pleno século 21 as conquistas em relação à inclusão das pessoas com deficiência são inegáveis, apesar disso ainda há muito a ser feito para que a cidadania e os direitos dessas pessoas sejam efetivamente respeitados. Por vez a falta de acessibilidade, infraestrutura e preconceito são obstáculos que dificultam o RESPEITO as diferenças e valorizando a diversidade. Afinal, quando a sociedade respeita as diferenças todos nós ganhamos!”, enfatizou.
Priscilla continua a campanha para arrecadar 63 mil reais que serão utilizados na compra de próteses, já que seu sonho é voltar a caminhar e trabalhar.
Sem aposentadoria especial devido a lentidão processual da previdência social e sem conseguir trabalhar por causa das dores no ciático, Pri Borzani vem fazendo semanalmente rifas e campanhas para manter-se financeiramente.
Sua história – Pri Borzani teve que fazer as amputações devido ao diabetes que surgiu durante a gravidez do filho – hoje com 9 anos. Cinco anos atrás, quando ela caminhava numa praia, pisou numa ostra e teve a primeira infecção. Infelizmente elas não pararam e chegaram aos ossos.
Em 2021 fez a amputação de um dedo do pé esquerdo; ano passado, depois de uma infecção generalizada, teve que amputar as duas pernas em outubro. As amputações colocaram em risco a vida dela por causa de paradas cardíacas e respiratórias.
“Perdi minhas pernas, mas não perdi a fé em Deus” frisou em entrevista ao in Foco. Segundo ela, os próprios médicos da Unesp a aconselharam a adquirir próteses mais leves e confortáveis das fornecidas pelo SUS . Além disso, estimativas apontam que só 10% dos amputados conseguem próteses via SUS.
Para colaborar, você pode adquirir uma das rifas dela. Basta acessar suas redes sociais.
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Mais informações (14)99878.4633