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Ela, a vacina, está novamente no epicentro das fakes News e agora, vira sua metralhadora para a imunização infantil contra o coronavírus que teve início este ano no Brasil. Vídeos, áudios e postagens mostrando crianças que teriam morrido após tomarem a vacina (leia matéria especial nas páginas 13 e 14, por favor), viralizam nos grupos de WhatsApp e Telegram. Todos fakes pelo menos até o momento de fechamento da edição 246.

Um caso recente envolveu a região, quando uma menina de 10 anos teve uma parada cardíaca depois de tomar a vacina em Lençóis Paulista. Logo depois, foi constatado que o caso não teve relação alguma com a vacina e que a menina tem a síndrome de Wolff-Parkinson-White, até então não diagnosticada e desconhecida pela família. Até mesmo o ministro da Saúde Marcelo Queiroga e a ministra da Mulher, Famílias e Direitos Humanos, Damares Alves, estiveram em Botucatu (onde a criança ficou internada), acompanhando o caso e descartaram qualquer tipo de reação com a vacina. Mas nem isso foi o suficiente para muitos continuarem propagando um áudio do suposto pai da criança, ‘alertando’ outros pais para que não vacinem seus filhos (em tempo: o in Foco já fez contato com a PM da cidade, já que o áudio teria supostamente sido feito por um membro da corporação e vai continuar a investigação).

As falsas notícias criaram uma verdadeira epidemia de desinformação e disseminaram ampla e rapidamente pela Internet notícias falsas e desprovidas de base científica. “A não vacinação é uma das dez ameaças à saúde global e, portanto, tem prioridade para ser enfrentada mundialmente”, diz o médico e pesquisador Renato de Ávila Kfouri, da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Mitos e verdades

As vacinas são uma das ferramentas mais eficazes para a defesa do organismo humano contra agentes infecciosos (virais e bacterianos). Elas vem sendo desenvolvidas nos últimos 200 anos, permitindo salvar vidas e ajudando a eliminar doenças que já causaram muitas vítimas no passado, como a varíola e a poliomielite. Mas, ainda assim, as vacinas envolvem muitas dúvidas e mitos. Segundo a médica infectologista do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba (SMS), Marion Burger, para que as vacinas sejam efetivas do ponto de vista de saúde pública e as doenças do passado permaneçam no passado, é importante que a cobertura vacinal da população se mantenha alta. “As vacinas, às vezes, são vítimas do seu próprio sucesso. Como muitas das doenças graves do passado não são mais vistas hoje, muitas pessoas passaram a descuidar da vacinação por achar que elas não representam mais perigo”, explica. Alguns especialistas da Secretaria da Saúde de Curitiba reuniram os principais mitos e verdades sobre as vacinas de forma geral (o tema mais específico relacionado à pandemia está nas páginas 13 e 14 desta edição).

 

MITOS

Vacinas causam autismo.

MITO: Esse boato ganhou força após um artigo forjado por um médico britânico, que já caiu em descrédito. Não há prova alguma dessa associação.

As vacinas contêm mercúrio, que é perigoso.

MITO: O mercúrio é um dos componentes do timerosal, utilizado como conservante em vacinas multidoses. Ele é empregado desde 1930 com o objetivo de evitar a contaminação por fungos, bactérias e outros microrganismos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a utilização desse conservante por considerar o mercúrio seguro e não cumulativo, já que o organismo o elimina rapidamente.

As doenças evitáveis por vacinas estão quase erradicadas em meu país, por isso não há razão para me vacinar.

MITO: Embora as doenças evitáveis por vacinação tenham se tornado raras em muitos países, os agentes infecciosos que as causam continuam a circular em algumas partes do mundo. Em um mundo altamente interligado, esses agentes podem atravessar fronteiras geográficas e infectar qualquer pessoa que não esteja protegida. Desde 2005, por exemplo, na Europa Ocidental ocorrem focos de sarampo em populações não vacinadas. Recentemente, Venezuela passou a sofrer com um surto de sarampo e já há casos registrados no norte do Brasil.

A vacina imuniza o indivíduo que a recebe e as pessoas vacinadas formam um “escudo protetor” para as outras de seu convívio que não podem ser vacinadas. Isto se chama “proteção de rebanho”. Programas de vacinação bem-sucedidos dependem da cooperação de cada indivíduo para assegurar o bem de todos.

Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo pode aumentar o risco de eventos adversos ou sobrecarregar o sistema imunológico.

MITO: Evidências científicas mostram que aplicar várias vacinas ao mesmo tempo não causa aumento de eventos adversos e nem sobrecarrega o sistema imunológico das pessoas. Uma criança é exposta a muito mais antígenos quando tem um resfriado comum ou mesmo quando é exposta a uma substância alérgica como o pólen. Além disso, aplicar várias vacinas ao mesmo tempo reduz o número de visitas ao posto de saúde ou hospital e também o número de injeções aplicadas.

A gripe não é uma doença grave, a vacina nem é muito eficaz e dá muita reação.

MITO: A gripe é uma infecção causada pelo vírus influenza e pode levar a complicações e até ao óbito. Mulheres grávidas ou em pós parto (até 45 dias após o nascimento do bebê), crianças menores de 5 anos, idosos e pessoas com doenças crônicas, têm maiores chances de complicações, por isso o Ministério da Saúde oferece esta vacina gratuitamente para esta população durante a campanha anual. A vacinação de gestantes tem o benefício adicional de proteger também os recém-nascidos. Neste ano de 2018, após o término da campanha, o saldo remanescente da vacina da gripe foi oferecido para a população em geral.

É melhor ser imunizado por meio da doença do que pelas vacinas.

MITO: As vacinas estimulam o sistema imunológico para produzir uma resposta semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença. Já as doenças, que poderiam ser preveníveis por vacinas, podem resultar em complicações, deixar sequelas e até levar à morte.

Vacinas proporcionam 100% de proteção.

MITO: As vacinas não proporcionam 100% de proporção, mas apresentam uma eficácia bastante alta. As vacinas com a maior taxa de proteção chegam a 95% de efetividade. Por isso, é importante manter uma cobertura alta da população, o que ajuda no bloqueio contra as doenças. É a chamada de imunidade de rebanho.

Vacina contra gripe causa gripe.

MITO: Impossível. A vacina da gripe é feita com o vírus influenza morto e fragmentado.

Uma melhor higiene e saneamento farão as doenças desaparecerem. Vacinas não são necessárias.

MITO: Doenças que podem ser prevenidas pelas vacinas acabam retornando quando a cobertura vacinal fica baixa. É o caso do sarampo, no norte no país.Uma melhor higiene, lavagem das mãos e uso de água limpa ajudam a proteger as pessoas de doenças infecciosas. Entretanto, muitas dessas infecções podem se espalhar, independente de quão limpos estejamos.

Doenças infantis evitáveis por vacinas são apenas infelizes fatos da vida.

MITO: Infecções como a poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, rotavírus e meningites são doenças graves e podem levar a complicações tanto em crianças quanto em adultos, incluindo pneumonia, encefalite, cegueira, desidratação, alterações congênitas e até a morte. Por conta disso, estes problemas não devem ser vistos como simples fatos da vida e podem ser evitados pelas vacinas.

Para doenças que nem sempre são graves, como catapora ou varicela, a vacinação não é necessária.

MITO: Todas as doenças infecciosas preveníveis por vacinação são potencialmente graves, com registro de hospitalizações, sequelas ou óbitos, mesmo a catapora. Portanto, vacinar vale a pena.

Gestantes, bebês e pessoas imunodeprimidas (pacientes com aids, que passaram por transplante, em tratamento oncológico, entre outros) nunca devem ser vacinados.

MITO: Algumas vacinas, sobretudo aquelas feitas com bactérias ou vírus vivos atenuados como as vacinas contra a varicela, contra o sarampo e contra a febre amarela, podem ser contraindicadas para algumas dessas pessoas. No entanto, existem outras vacinas, como as da gripe, da pneumonia e do tétano são indicadas e seguras mesmo para pessoas com o sistema imune debilitado, pois são produzidas por vírus ou bactérias inativados ou por apenas alguns “fragmentos” (antígenos) destes microrganismos.

Quanto mais fortes forem as reações da vacina, mais protegida a pessoa estará.

MITO: A eficácia das vacinas não está relacionada à intensidade de seus efeitos colaterais. No geral, as vacinas provocam cada vez menos efeitos colaterais, pois vem sendo aperfeiçoadas continuamente.

 

VERDADES

 

Vacinas podem causar efeitos colaterais.

VERDADE: As vacinas são testadas e somente são liberadas se comprovarem serem seguras. Contudo, como qualquer medicamento, em alguns casos, pode haver efeitos colaterais. Geralmente as vacinas injetáveis causam reações no local da injeção, como dor no braço, vermelhidão e inchaço onde elas foram aplicadas. Raramente podem ocorrer sintomas gerais e passageiros como febre ou mal-estar. Em alguns casos, ainda menos frequentes, a pessoa vacinada pode apresentar alguns sintomas parecidos com os da própria doença. Isso acontece pelo fato de a vacina ter em sua composição os componentes do microrganismo ou mesmo o próprio vírus “enfraquecido” (ou atenuado). Mesmo apresentando estes sintomas, é importante esclarecer que esta pessoa vacinada não transmite o microrganismo para os outros e que este quadro clínico é muito mais brando do que daquela doença que foi prevenida. Mas diante de qualquer sintoma importante após uma vacinação é necessário procurar um médico para avaliar a situação, descartando outras doenças que podem acontecer coincidentemente após uma vacinação e não terem nenhuma relação com ela.

Tomar a mesma vacina duas vezes não faz mal.

VERDADE: Não faz mal. Se você não lembra se foi imunizado contra alguma doença e perdeu sua carteirinha de vacinação, procure uma unidade de saúde para verificar as vacinas registradas em seu prontuário. Caso permaneça a dúvida, os profissionais de saúde da unidade de saúde poderão orientar sobre as vacinas que são recomendadas para sua faixa etária.

Deixar de vacinar crianças faz com que doenças já extintas voltem a se manifestar.

VERDADE: A diminuição da cobertura vacinal cria um ambiente favorável à circulação destes vírus ou bactérias. Quando pessoas desprotegidas entram em contato com pessoas infectadas por estes microrganismos podem adoecer e repassá-lo para outros indivíduos, levando à ocorrência de surtos ou epidemias.

Vacinando meu filho, ajudo a proteger também a população no nosso entorno

VERDADE. É o chamado “efeito rebanho”. Muitas pessoas não podem tomar vacinas, por motivos como gestação, imunodepressão (causada por alguma doença ou por um tratamento quimioterápico), histórico de alergia à vacina ou baixa idade. Quando a população de seu entorno que pode tomar as vacinas está imunizada, cria uma espécie de barreira de proteção que impede que o vírus entre naquela comunidade e chegue às suscetíveis.

 

Onde tudo começou…

No início do século 20 uma em cada cinco crianças morria de alguma doença infecciosa antes de completar 5 anos de idade. Graças às vacinas, doenças terríveis e altamente contagiosas foram quase erradicadas. Algumas, como a varíola, de fato sumiram do mapa . As vacinas nos protegem contra doenças terríveis e há 60 anos têm se mostrado eficazes e seguras.

Como explicar, então, que existam grupos professando religiosamente um movimento contra a vacinação? Como entender que temos famílias que deliberadamente escolhem NÃO vacinar seus filhos contra males potencialmente letais e capazes de deixar seqüelas? Pois é, o movimento antivacina vem crescendo no mundo todo, inclusive no Brasil, que sempre foi exemplo internacional de vacinação pública.

Este trecho acima é de uma matéria veiculada pelo in Foco há pelo menos três anos e publicada no site, quando de seu lançamento em maio de 2021. Além de abordar os resultados preocupantes do movimento antivacina no  mundo e no Brasil, com a volta de doenças tidas como “extintas” (incluindo sarampo e pólio), a reportagem mostrou que famílias que escolhem não vacinar seus filhos reportam abertamente que usam, como fonte de informação, as redes sociais!

Tudo começou (vamos lá de novo!) com médico britânico Andrew Wakefield, que fraudou um trabalho científico a fim de relacionar a vacina tríplice viral MMR, que protege frente a sarampo, rubéola e caxumba, com o autismo, em 1998. Seu estudo, embora tenha sido publicado em um periódico respeitado no meio científico, contava com apenas 12 pacientes e não dispunha de fundamento. Forjando uma relação inexistente, Wakefield afirmava categoricamente que a vacina era a causa do autismo de seus pacientes.

Anos depois, descobriu-se não apenas que a pesquisa era uma fraude, com todos os dados e prontuários alterados, como também o estimado doutor havia sido financiado por um advogado que pretendia lucrar milhões processando os fabricantes da vacina. Ele mesmo tinha ambição de patentear uma nova vacina para substituir a MMR. Na verdade, Wakefield nunca foi contra imunizantes. Ele só queria emplacar a sua própria solução como arma exclusiva contra o sarampo. Resultado: o médico foi julgado e considerado culpado de fraude e conspiração na Inglaterra; a revista científica retirou o estudo e se retratou; Wakefield teve sua licença médica cassada e foi demitido do instituto onde atuava.

Ainda assim, suas fajutas conclusões conquistaram seguidores no mundo todo. Por causa de um estudo falso, hoje milhares de pessoas estão convencidas de que vacinas são prejudiciais. Essa é o golpe!

Por que as pessoas acreditam em teorias da conspiração?

Essa pergunta não quer calar! Teóricos da conspiração são pessoas que diante de alguma mudança sócio histórica e/ou política se sentem ameaçadas de maneira real ou imaginária. A teoria da conspiração precisa se retroalimentar, por isso é natural a formação de grupos com ideias semelhantes, o que garante a sensação de se sentir único e especial. Em pleno 2022, é surreal ter de explicar que as vacinas não são perigosas e que um chip não será implantado ao recebê-las para se proteger da covid-19. Da mesma forma que isso parece óbvio para parte das pessoas, o contrário também tem efeito verdadeiro para quem acredita em teoria da conspiração. Este último caso engloba um grupo que busca ir na contramão dos fatos, justificando eventos e avanços tecnológicos, e até propagando inverdades, como se tudo isso fizesse parte de uma trama secreta e mal-intencionada e, apenas eles, os escolhidos, tivessem acesso à veracidade das informações. De acordo com uma pesquisa publicada em 2020, acreditar em teoria da conspiração não pode ser compreendido com um distúrbio mental, mas uma tentativa de se apegar a isso para se proteger diante da incerteza e de uma possível ameaça.

Paranoia coletiva – As crenças irracionais favorecem uma necessidade básica de controle e pertencimento. Portanto, encarar um evento como planejado (como a fake news de que o coronavírus teria sido desenvolvido em laboratório para os comunistas dominarem o mundo) proporciona um senso de controle sobre algo que, na verdade, é muito imprevisível.

“Alguns ramos da psiquiatria e da psicologia classificam a crença em teorias da conspiração como similares aos pensamentos delirantes. Ou seja, uma forte crença em algo que não é verdade, sendo que no pensamento delirante essa crença não é compartilhada por outros”, comenta a psicóloga clínica Daniela de Oliveira da Universidade de São Paulo.

Já a teoria da conspiração precisa se retroalimentar, por isso é natural a formação de grupos com ideias afins para garantir esse pertencimento. “As pessoas tendem a procurar informações que confirmem aquilo que elas acham que sabem. E quanto mais sabem de algo errado, mais irão buscar gente que confirme aquilo e mais irão rechaçar qualquer coisa que entre conflito com essa ideia falsa”, afirma Claudio Paixão, doutor em psicologia social e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ele completa que, dessa maneira, o grupo vai se alimentando e construindo uma teoria que é embasada em ideias falsas, mas vai ganhando proporções e fazendo com que outras pessoas possam abraçá-la. Portanto, é importante estar sempre atento. Ninguém está livre de se sentir seduzido pelo ideal salvacionista de alguém, embora haja pessoas mais propensas a essa mentalidade conspiratória.

Sapiência fake – Baixos níveis de confiança, baixa autoestima, sensação de impotência, pensamento paranoico e necessidade de se sentir único são características que podem estar presentes no perfil de um teórico da conspiração. Isso acontece porque existe uma fragilidade diante do processo de mudança. “A teoria conspiratória proporciona um grau de superioridade, e o indivíduo compensa nela suas fragilidades e até o sentimento de inferioridade”, diz o professor da UFMG.

Afinal, para que essa ideia fake se espalhe, é necessário público. “Isso traz o conforto de a pessoa ser detentora de uma sabedoria, um conhecimento que outras não têm”, comenta Paixão. O indivíduo se sente respaldado pelo outro, no peso que a fala dele tem. E apesar de não ser novidade, com o advento da tecnologia, a exposição e propagação dessa falsa sabedoria encontrou menos barreiras de ser disseminada. “Encontram ecos nas palavras e se cria um núcleo de pessoas que sabem pouco sobre nada e reafirmam as suas crenças e teorias estapafúrdia, uns nos outros”, acrescenta Paixão.

Participar desse seleto grupo garante essa sensação de sentir-se especial. “As pessoas gostam de se sentir distinguidas, e ao participar desses movimentos acreditam que fazem parte de um grupo de iniciados e que somente a eles foi dado tal privilégio”, completa Ferreira. De nada adianta ridicularizar toda essa situação como se fosse algo inofensivo, pois algumas dessas teorias conspiratórias apresentam uma narrativa perigosa, em que o negacionismo traz questões que interferem de forma negativa o coletivo, como é o caso das invenções sobre as vacinas.

Infelizmente não há uma receita pronta e imediata para conter essas falsas crenças, mas educar as pessoas para a ciência é uma boa solução. Mas este, no entanto, é o caminho mais difícil de ser compreendido, pois as teorias conspiratórias oferecem supostas respostas numa tacada só, por isso é importante aprender a realizar a ‘contra teoria’. “É criar uma forma de competir disseminando a verdade. Transformar as informações que precisam ser comunicadas de forma que as pessoas estabeleçam conexões, queiram comprar e ler”, diz Paixão.

Identifique um teórico conspiratório

Segundo Daniela Oliveira, as pesquisas mostram algumas peculiaridades da personalidade de pessoas que seguem teorias da conspiração. Confira:

  • A necessidade de encontrar explicação para tragédias, de forma que exista um significado maior para o evento;
  • Dificuldade em pensar analiticamente ou a necessidade de ser especial e único. O que pode atrair essas pessoas a alguma narrativa secreta que ninguém mais sabe a respeito ou que apenas um grupo especial compartilhe;
  • Pessoas que justificam suas convicções frente a qualquer evidência do contrário. Rigidamente mantêm seu posicionamento com pouca flexibilidade em suas crenças;
  • Teste de realidade empobrecido ou nulo. Poucas pessoas que acreditam em teorias da conspiração checam a veracidade de suas crenças com a realidade dos conhecimentos já comprovados;
  • Tendência a endossar abertamente e fortemente um único grupo ou atribuições causais, sem se envolver na resolução analítica e racional de problemas;
  • Tendência a tirar conclusões precipitadas e não as alterar.

(Fontes Revista Veja, Saúde, BBC, In foco, M de Mulher, Larissa Gomes, Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM); Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), SMS Curitiba – Centro de Epidemiologia/CEV, World Health Organization (homepage on the Internet) e Organização Panamericana na Saade (OPAS) )