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O padre Francis Njoroge Gichui responsável pela Igreja de Santo Expedito, no Jardim Presidencial, em Avaré, está sendo investigado por abuso sexual, que teria cometido  contra várias mulheres da comunidade. A notícia foi veiculada ontem pelo Voz do Vale.

Segundo a reportagem, um inquérito policial foi instaurado pela Delegacia de Defesa da Mulher – DDM para apurar as denúncias feitas por mulheres da paróquia sobre supostos abusos sexuais e, até mesmo, estupro, que teriam sido cometidos pelo padre.

“Informações obtidas pela reportagem dão conta que o padre foi intimado e chegou a ser ouvido pela Polícia Civil. Dias depois, ele teria saído do país e abandonado o carro no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Questionado, o setor de Comunicação da Polícia Civil de Avaré confirmou a instauração de um Inquérito Policial para apurar as denúncias. Porém, o caso está em segredo de Justiça e detalhes da investigação não foram divulgados”, ressalta a reportagem.

A notícia causou espanto entre as comunidades católicas. Diante disso, a reportagem do in Foco procurou a Polícia Civil que não quis se manifestar alegando segredo de justiça.

A Arquidiocese de Botucatu também foi procurada e divulgou hoje (31) pela manhã nota oficial a toda imprensa e comunidade, afirmando que ao “tomar conhecimento desta situação, através de intimação recebida pela Delegacia local, imediatamente, adotou as providencias cabíveis para o caso, onde, em primeiro lugar, se colocou, juntamente com o Pe. Francis Gichui, à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários, visando apurar o ocorrido”.

Assinada pelo Padre Emerson R. Anizi, ecônomo e moderador Arquidiocesano, a nota entretanto desmente que o padre investigado tenha saído do Brasil, embora confirme que ele foi afastado de suas funções “mediante a suspensão do uso de ordens “ad cautelam”, como previsto pelo Código de Direito Canônico”, até o final da investigação.

A nota deixa claro que o padre Francis estaria morando aqui. “Todas as diligências e necessidades solicitadas pelo Delegado, responsável pelo caso, já foram cumpridas, onde o Padre já prestou o seu depoimento e se colocando à disposição para aquilo que for necessário, esclarecendo, ainda, que se encontra residindo na circunscrição da Arquidiocese”.

“A Arquidiocese aguarda a completa apuração dos fatos, colocando-se à disposição das autoridades visando o esclarecimento da verdade”, finaliza a nota.

O Padre Francis Njoroge, missionário de origem queniana, foi nomeado pároco da Igreja de Santo Expedito em outubro de 2018.

No dia 7 de agosto, a Arquidiocese chegou a fazer uma publicação comemorando os 23 anos de ordenação do padre Francis. “Hoje, com grande alegria, celebramos os 23 anos de ordenação presbiteral do Padre Francis Njoroge Gichui, pároco da Paróquia Santo Expedito em Avaré”.

Dias depois, no dia 17 de agosto, a Arquidiocese de Botucatu nomeou o padre Marcelo Henrique do Prado como administrador da Paróquia de Santo Expedito de Avaré.

(Fonte Voz do Vale e Arquidiocese de Botucatu. Foto Voz do Vale)