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A história da assistente social avareense Denise Bruno já foi contada pelo in Foco, mas é preciso ser recontada principalmente diante de um cenário tão desfavorável em relação à vacinação contra a pólio.

Nascida em Avaré em junho de 1959 ela foi uma das vítimas da poliomielite, cujo vírus geralmente é contraído pela ingestão de água contaminada e que ataca o sistema nervoso, podendo levar à paralisia. Na época, a vacina contra a pólio não fazia parte do calendário de imunização e Avaré enfrentava uma epidemia da doença (mais de dez casos). Apesar de seus pais terem comprado a vacina, ela não chegou a tempo de proteger Denise, que é a filha mais velha.

Embora tenha tido um atendimento rápido, ela passou boa parte da infância em hospitais fazendo tratamentos e cirurgias. O primeiro aparelho nas pernas veio aos 2 anos; os primeiros passos, só aos 12. Ainda assim, a família sempre preconizou que ela fosse tratada como uma criança normal e assim foi durante toda sua vida – na escola e fora dela.

Com Mestrado e Doutorado em Sociologia, Denise trabalhou no Poder Judiciário do Rio Grande do Sul por vinte e cinco anos e hoje retornou à Avaré, mas convive com a Síndrome Pós- Pólio, que normalmente atinge 75% das vítimas da doença (leia mais na próxima edição impressa do in Foco). A síndrome obrigou a assistente social Denise Bruno a se aposentar antes do previsto, para diminuir as atividades motoras.

Preocupada com a baixíssima taxa de imunização da doença no Brasil e em Avaré, Denise aceitou gravar um vídeo para o in Foco, falando sobre sua experiência e incentivando a vacinação. A gravação será usada como campanha do in Foco para conscientizar pais e mães sobre a importância da vacinação. Assista!