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O assassinato da jovem Jennifer Eduarda da Cruz Blimblem, de 18 anos, encontrada morta em Avaré em setembro de 2021, continua sem culpado após dois anos e muitas investigações.

Segundo o investigador da DIG de Avaré, Alexandre Aurani, não há novos fatos. “Durante a investigação foram esgotadas todas as diligências, exames periciais ( inclusive DNA) e demais providências cabíveis para determinar a autoria bem como demais detalhes do caso. Então permanece em aberto até novas informações”, frisou.

Na época, a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) já havia informado que o exame para identificar se houve abuso sexual contra  a vítima –  encontrada morta após ficar seis dias desaparecida – foi prejudicado pelo estado em que o corpo foi encontrado.

Segundo a polícia, o corpo da jovem foi encontrado em avançado estado de decomposição, o que invalidou a perícia técnica. O corpo de Jennifer foi encontrado no dia 30 de setembro, sem roupa e às margens de uma estrada na área rural da cidade. A identidade dela só foi confirmada em 2 de outubro.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fabiano Ferreira da Silva, diante da situação, o perito não encontrou subsídios para demonstrar eventual crime sexual.

Além do exame sexológico, o Instituto Médico Legal (IML) também analisou as perfurações encontradas no peito e abdômen da vítima. No entanto, ainda por conta das condições, não foi possível concluir se as lesões foram causadas por pessoas, objetos ou animais que se alimentam de cadáveres.

O delegado responsável disse também que, apesar dos impedimentos, um exame necroscópico apontou que a jovem morreu por traumatismo cranioencefálico. Pare ele, o laudo vai auxiliar nas investigações da polícia, que partem do pressuposto de que Jennifer se encontrou com alguém no período em que esteve desaparecida.

Histórico de desaparecimentos

De acordo com a Polícia Civil na época, Jennifer Eduarda da Cruz Blimblem foi vista pela última vez no dia 24 de setembro de 2021, mas a família só registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 28. No dia 30 de setembro, um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado.

Segundo o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada depois que o dono da propriedade rural percebeu a presença de urubus e outras aves. O homem encontrou o corpo e acionou a Polícia Militar.

Ainda conforme o BO, o corpo da jovem estava sem roupas, em estado avançado de decomposição e com várias perfurações no peito e abdômen. No local, a polícia apreendeu roupas encontradas perto da vítima e mechas de cabelo na cerca da propriedade.

O corpo passou por exame necroscópico e a vítima foi identificada em 1º de outubro. No dia seguinte, ela foi sepultada no Cemitério Municipal de Avaré, e familiares publicaram mensagens de luto nas redes sociais.

Conforme a Polícia Civil, no dia em que desapareceu, Jennifer saiu de casa sem o celular. O aparelho dela foi entregue à polícia pela família. Os pais demoraram a registrar o sumiço da filha porque a jovem tinha histórico de desaparecimentos, informou a polícia.

“Não foi a primeira vez que ela deixou a casa da família. Em outras duas oportunidades já foram registrados boletins de ocorrência de desaparecimento dela, só que ela voltou. Ela gostava mais de ficar sozinha. Ela saía sozinha e não levava o celular”, explica o delegado.

O caso foi registrado como homicídio.

 

Foto: Facebook/ Reprodução. Fonte G1