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No dia 2 de maio, o in Foco veiculou uma matéria de que um médico foi denunciado por abandonar um exame e ser agressivo com uma paciente com fratura na perna em Avaré. O caso aconteceu na Santa Casa local.

Conforme a publicação, a denúncia foi protocolada na direção do hospital e afirma que o médico chamado Rodolfo, ficou irritado com o atraso de uma paciente para o exame.

Segundo a acompanhante da paciente, ela (paciente) estava no banho quando foi solicitado o exame e por conta da grave fratura, demorou cerca de 15 minutos para se trocar e recolocar os curativos.

Ao chegarem na sala do ultrassom, o médico estava irritado dizendo que já tinha terminado seu plantão e que precisava ir para casa, pois tem 2 filhos.

A paciente que fraturou a tíbia e a fíbula começou a ficar com receio do exame, já que estava com muita dor (ela usava um fixador para desinchar a perna).

Questionado se não poderia fazer o exame com menos pressa em outro momento, o médico – de acordo com a denúncia – se irritou quando a acompanhante disse que como “não era o pé dele”, ele não se incomodava com a dor da paciente –  momento em que ele deixou a sala sem finalizar o exame e dar satisfações. A reclamação já foi encaminhada a direção do Corpo Clínico da Santa casa.

Ontem, dia 6, o advogado do médico – Camilo Gomes – entrou em contato com a redação, enviando sua versão, desmentindo que tivesse sido grosseiro com a paciente e abandonado o exame. No documento, o médico afirma que estava de plantão em casa.

Veja na íntegra, o direito de resposta:

“Meu nome é Camilo Gomes, sou advogado do Dr. Rodolfo Mendes Queiroz, médico radiologista da Santa Casa de Misericórdia de Avaré.

Venho através desta mensagem, apresentar a versão real dos fatos sobre a matéria publicada em seu jornal no dia 02 de maio de 2.024, sob o título: “APÓS DESTRATAR PACIENTE E ABANDONAR EXAMES, MÉDICO É DENCINCIADO EM AVARÉ.

Os médicos Radiologistas da Santa Casa ficam em plantão à Distância, dirigindo-se ao hospital quando solicitados, assim como as demais especialidades.

Na data dos fatos, o Dr. Thales, médico da paciente, conversou com o Dr. Rodolfo afirmando ter percebido o inchaço na perna da paciente e solicitou o exame. Quando ainda dirigia de sua residência para o hospital, o Dr. Rodolfo solicitou ao setor de radiologia que pedisse que a Ala 1, onde a paciente estava internada, que a enviasse para o exame (era por volta de 11h10 e 11h15).

Dr. Rodolfo chegou, fez os outros exames que estavam aguardando e, por volta de 12h10 a 12h15, ainda aguardava a paciente, que ainda não havia sido levado até o setor de radiologia. Devido ao tempo passado, deduzindo que a paciente não iria mais, decidiu retirar-se da sala de ultrassom para emitir os laudos dos exames realizados anteriormente e resolver outros assuntos do departamento médico da radiologia antes de retornar para a sua casa, claro, ainda em plantão.

Quando estava saindo, encontrou com eles no corredor, quando disse ao maqueiro: Nossa, estava quase indo embora.

Quando entraram na sala, a senhora Nathalia (denunciante), cumprimentou o médico e perguntou como seria feito o exame e o médico disse que seria feito diretamente na perna, que ele estava acostumado a fazer exames desse tipo, com imobilizador externo.

A paciente disse que estava doendo muito e perguntou se não tinha como o Dr Rodolfo prescrever um medicamento para dor, quando ele respondeu que quem deveria fazer tal prescrição seria o Dr Thales, antes de enviá-la para o exame.

O Dr. Rodolfo sequer conseguiu encostar o aparelho na perna da paciente devido à dor e ao receio que ela tinha de doer ainda mais, quando a acompanhante perguntou se tinha como ele fazer esse exame à tarde, quando ele tivesse com menos pressa (ela teria ouvido quando ele comentou com o maqueiro que já estava quase indo embora, pois tinha que terminar as outras coisas e ajudar a esposa com os filhos, que são 2 e mais 3 como relatado pela acompanhante).

A acompanhante insistiu algumas vezes em fazer à tarde, até que o Dr Rodolfo concordou, levantando-se e dirigindo-se à porta, quando a acompanhante disse: É porque não é a sua perna, demonstrando total desrespeito com o profissional que, em momento algum tinha alterado o tom com ela ou com a paciente.

Mesmo após o episódio, o médico retornou à tarde e realizou o exame sem nenhum contratempo.

O exame foi realizado no dia 30 de abril e o resultado disponibilizado na mesma hora, porém só foi retirado na manhã da quinta-feira, dia 02 de maio.

Assim, o médico não destratou a paciente em momento algum. Acatou o pedido da acompanhante e ainda sugeriu que talvez fosse melhor fazer mesmo no período da tarde quando estivesse medicada.

Não questionou a conduta do Dr. Thales, pelo contrário, as envolvidas foram quem questionaram se não deveria ter sido administrada medicação para dor.

Entendemos que, em um momento de dor e de desespero, o jeito de falar ou agir pode ser mal interpretado, mas de longe o Dr Rodolfo destrataria um paciente

Eis a realidade dos fatos. Esperamos ter contribuído com o jornal e aguardamos a publicação”.