Como você costuma olhar para o que você faz? O quanto realiza, produz, conquista? Será que a sua visão é assertiva com o fato considerado?
Você quase sempre acha que o reconhecimento pelo que fez não é fidedigno? Acredita que a pessoa que te elogia e reconhece seu esforço não está falando a verdade, por exemplo, diante de uma conquista profissional? Sente-se inferior ao sucesso que lhe é atribuído? Então provavelmente você está se sabotando e a isso também é chamado de Síndrome do Impostor.
Conhecida como uma desordem psicológica, a Síndrome do Impostor afeta principalmente a população feminina e caracteriza-se por pensamentos de perda de confiança em si e sensação de que o sucesso alcançado não foi merecido.
Os estudos referentes ao assunto já tem aproximadamente 44 anos, quando duas psicólogas norte-americanas, da Universidade Estadual da Geórgia, iniciaram uma pesquisa com 150 mulheres em posição de destaque profissional. Na época, a conclusão foi: quanto mais respeitadas e bem sucedidas, mais inseguras se sentiam.
Acredita-se que essa desordem psicológica, segundo o Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, tenha surgido devido à pressão exercida pelo público masculino em meio ao mercado profissional. De acordo com a psicóloga e pesquisadora da USP, Maria da Conceição Uvaldo, a Síndrome do Impostor perpassa por impactos psicológicos decorrentes do machismo e também por questões sociais, como estereótipos de gênero.
No Brasil, Rafa Brites, ex apresentadora de TV, formada em Administração e especialista em Neurociências, ganhou visibilidade ao escrever um livro considerando o tema. Intitulado como: “Síndrome da Impostora: porque nunca nos achamos boas o suficiente”, a autora afirma que precisou de terapia e muita pesquisa para entender como essa síndrome a afetou e diante disso resolveu escrever tal obra com a intenção de informar especialmente o público feminino sobre o assunto.
Valerie Young, especialista no assunto abordado e autora do livro: “Os pensamentos secretos das mulheres de sucesso: Assuma os méritos de sua vida profissional e usufrua sem culpa de suas conquistas” afirma que há cinco categorias de impostor(a):
Perfeccionista: o trabalho deve ser 100% perfeito a todo tempo. Não há espaço para erros. As ações e resultados nunca são bons o bastante.
Super Herói: conhecidos como “workaholics”, ou seja, o tempo que não é dedicado ao trabalho é uma perda. Pessoas com essa característica buscam validação mediante a opinião dos outros, trabalham para ganhar reconhecimento das pessoas, não necessariamente porque gostam do que fazem.
Gênio: são pessoas que não admitem errar. Almejam resultado excelente logo na primeira execução.
Instrumentista: são os que recusam a pedir ajuda, acreditando ser fraqueza própria tal ato.
Especialista: pessoas que se validam mediante ao quanto sabem sobre um ou vários assuntos/temas; funciona como se o conhecimento que possui nunca fosse o suficiente para dar credibilidade às suas ações.
E aí, como você se classifica? Há um impostor morando em você? Um abraço!