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O vereador Marcelo Ortega (Podemos) defendeu ontem em sua palavra livre na sessão de ontem no Legislativo, o acesso livre aos profissionais da imprensa aos trabalhos do Legislativo avareense, incluindo sessões ordinárias, extraordinárias e outros atos como oitivas de CPI, por exemplo.

A fala do vereador é uma resposta ao gesto autoritário da presidência da Câmara Municipal, que impediu dois jornalistas de entrarem na sessão do dia 16 de julho – sessão que votou o parecer do TCE que reprovou as contas de 2017 do prefeito Jô Silvestre (PSDB).

Ao contrário do que disse o presidente Flávio Zandoná (Cidadania), os profissionais foram proibidos de entrarem para fazer a cobertura e a jornalista Cida Koch (in Foco) chegou a registrar o fato através de live que está na fanpage do jornal. O vídeo foi exibido como prova. O outro jornalista é Natalino Venâncio da Voz do Vale.

“Peço que não haja nenhuma restrição e que tenha uma relação melhor com a imprensa, presidente”, ponderou Ortega dirigindo-se à Zandoná.

Ortega não apenas exibiu o vídeo, como confirmou que os dois jornalistas foram barrados, reforçando que toda democracia requer uma imprensa livre e que fechar a Câmara é um péssimo exemplo. O vereador frisou que todos os profissionais tem direito a trabalhar no Legislativo, não importando o tamanho e lembrou ainda que sejam elogios ou críticas, o parlamento tem que ter transparência e dar liberdade aos profissionais da imprensa. Outros vereadores da oposição também apoiaram a fala de Ortega que lançou a campanha Acesso Livre.

Infelizmente, o presidente Flávio Zandoná ignorou o regimento interno da Câmara e não determinou a leitura do ofício enviado pela jornalista Cida Koch em resposta a sua afirmação de que ela teria mentido sobre o impedimento na citada sessão – apesar das testemunhas e da live.

O artigo 131 no parágrafo 2º do regimento diz que “o Primeiro Secretário, em seguida, fará a leitura das proposições, ofícios, representações, petições, memoriais e outros documentos dirigidos à Câmara, que tenham sido devidamente assinados e protocolados na Secretaria da Casa até às 12 (doze) horas do dia da sessão, sob pena de serem incluídos na pauta da sessão ordinária subsequente”.

Como já publicado neste site, o ofício foi protocolado ontem antes das 12h00 e nele havia a solicitação de leitura pública. As fotos abaixo foram tiradas no dia da sessão de 16 de julho.