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Outro assunto que gerou polêmica decorrente da sessão extraordinária de ontem no Legislativo, foi a recusa da oposição em aprovar o convênio da prefeitura com o Sesi, o Serviço Social da Indústria que é uma rede de instituições paraestatais brasileiras, para o uso do material pedagógico pela rede municipal de ensino.

Novamente foi um projeto, de autoria da vereadora Carla Flores (MDB), foi enviado sem antecedência e sem nenhuma informação aos professores; coincidentemente, na sessão de ontem, um grupo de professores esteve presente na sessão para protestar e cobrar direitos adquiridos que não estariam sendo respeitados pela Prefeitura Municipal.

Os docentes compareceram com cartazes com dizeres pedindo respeito a classe e que os direitos fosse respeitados pela municipalidade. Porém, mesmo com a aprovação do convênio, a postura dos vereadores da oposição – Marcelo Ortega (Podemos), Adalgisa Ward, Hidalgo Freitas, Luiz Claudio da Costa e Carlos Wagner (todos do PSD) – está sendo questionada por munícipes e pais. Apesar de já terem deixarem claros os motivos na sessão de ontem, eles reiteraram suas posições.

“Votamos a favor da autorização de convênio entre o município e o SESI, mas fizemos apontamentos sobre a implantação do método de ensino”, disse Marcelo Ortega.

“Questionei na hora da votação e apresentei vários apontamentos. Conversei com diversos professores que ali estavam. Ninguém questiona a qualidade do ensino Sesi e sim questionamos a forma dessa implantação, até porque o material segundo os próprios professores já existe. Vamos aguardar se a Prefeitura Municipal cumprirá com suas obrigações quando ao Convênio que será firmado, mas respeitando os Professores Municipais que sequer foram ouvidos pela Secretaria de Educação, Equipe Multidisciplinar ou quem quer que seja para que pudessem expor também  seus posicionamentos”, argumentou o vereador Hidalgo, acrescentando: “ Governo democrático é aquele que ouve todos os envolvidos buscando sempre uma solução boa para ambas as partes, respeitando as opiniões,  ideias e sugestões. Nesse caso dos professores, que vivenciam dia a dia esse trabalho dentro da sala de aula com os alunos, são os Professores que conhecem as reais condições de nossos estabelecimentos de ensino municipal”.

“Entendo que realmente é um ótimo método de ensino, porém o que deveria haver primeiramente é a valorização dos professores da rede pública que estão com os salários defasados há tempos, não recebem se quer a reposição inflacionária; o saldo remanescente do Fundeb não é rateado entre os profissionais da educação conforme disposto em lei; as escolas da rede pública principalmente da periferia estão carentes de infraestrutura para proporcionar o bem estar dos alunos, etc…”, explicou Carlos Wagner que pediu vistas do projeto, pedido que foi rejeitado.

“Esse PL do Sesi é outro que precisamos fazer uma análise mais apurada para poder votar com segurança. Sabemos que o Sesi foi uma iniciativa incansável e uma conquista memorável para Avaré, graças a Vereadora Adalgisa. Agora, votar esse projeto sem que sejam ouvidos os Professores, não concordo. Afinal, sem professores de nada adianta. E ainda Professores mal remunerados é pior que possa acontecer. Não temos infraestrutura adequada. O executivo não atende as reivindicações do Professores Municipais, Parece ser contra o ensino e a formação dos jovens. Afinal o que interessa é só o Elefante Branco “Arenão”. Será que a Prefeitura irá arcar com as responsabilidades, pois o Sesi é uma referência. Esperamos que não aconteça o pior”, ponderou o edil Luiz Claudio.

“Trabalhei no Seis 40 anos e sei da qualidade de ensino . As professoras que estavam na Câmara não sabiam da Implantação do sistema SESI e pediram para eu solicitar vistas na esperança de se reunirem com as colegas e Secretaria da Educação . Eu pedi vistas os vereadores da situação não acataram e votei favorável a Implantação do sistema de Ensino nas Escolas do Município . Fiz questionamentos em relação as progressões atrasadas dos professores e reajuste salarial dos servidores , escolas sucateadas , etc… “, diz Adalgisa Ward.

Durante a sessão de ontem, Carlos Wagner mostrou várias fotos que denotam o abandono de algumas escolas da periferia. A da foto abaixo é da Eruce Paulucci.

(Fonte parcial e foto Voz do Vale)