Está marcada para quarta-feira, 31, às 16h00 sessão extraordinária na Câmara Municipal para votar a nulidade do concurso público do legislativo marcado para este mês.  Apesar de ser anunciada pelo presidente Carlos Wagner ontem, durante a sessão, ele não confirmou a informação ao in Foco.

O presidente do Legislativo de Avaré, Carlos Wagner (PSD) já havia suspendido sexta-feira, 26 a realização do concurso afirmando que ele está sendo investigado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) e pelo Ministério Público, por conta da contratação sem licitação e “acerca de possíveis irregularidades”.

O concurso está sendo organizado e executado sob responsabilidade do Instituto Unique (Instituto de Estudos Unidos pela Qualificação de Pesquisas Sociais e Educacionais).

Apesar da guerra de atos entre o presidente e a mesa diretora, a suspensão foi ignorada e ontem (29) a mesa diretora – incluindo o presidente – publicou no semanário oficial do legislativo, edital de deferimento das inscrições.

Ao todo foram feitas 8.601 inscrições, das quais 3.649 foram indeferidas e outras 194 anuladas; assim 4.758 inscrições foram deferidas e outras 99 referem-se a isenções. A grande maioria das inscrições foram para vagas que exigem o nível fundamental, o que mostra a situação econômica dos inscritos que serão prejudicados e que pagaram a inscrição.

Na lista de inscritos, chama a atenção que a atual diretora Adria de Paula, que apenas nos três primeiros meses do ano recebeu mais de 70 mil reais de salários, está inscrita para a vaga de controladoria interna.

Veja no link abaixo, a relação das inscrições deferidas ou não.

https://www.camaraavare.sp.gov.br/semanarios2/f188c0cf0a7609cd44001733b24850b1.pdf

 

Guerra de atos 

A sessão de ontem (29), a primeira presidida por um vereador da oposição, teve um tom de mal estar entre a mesa e o presidente, que quase discutiu com Roberto de Araujo, sobre a inclusão de ‘tenente’ precedendo seu nome, durante a chamada.

Depois Wagner criticou a postura ditatorial do ex-presidente Flávio Zandoná, que não soube explicar suas atitudes durante seu pronunciamento.

Nesta terça, 30, o presidente publicou novo ato, “devolvendo” os servidores cedidos pelo Executivo, entretanto, novamente a mesa revogou o ato.  Entre servidores cedidos há até uma telefonista que se faz parte da licitação atualmente, com uma considerável diferença salarial.

https://www.camaraavare.sp.gov.br/semanarios2/17dfca98856f28439b81192944ae88e7.pdf