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O professor Adriano Daluca Bueno, que estava no avião que saiu de Cascavel (PR) e caiu em um condomínio em Vinhedo (SP), foi velado no velório São Benedito e enterrado no Cemitério Municipal de Ourinhos (SP) nesta quarta-feira (14). O acidente ocorreu na tarde de sexta-feira (9).

Adriano Daluca Bueno, de 47 anos, natural de Ourinhos (SP), é uma das 62 vítimas do acidente aéreo. Ele estava acompanhado de sua esposa Raquel Ribeiro Moreira, professora da Unioeste e formada no curso de Letras. Ele será velada e enterrada em Cascavel.

Adriano era professor do Colégio Estadual “Dario Vellozo”, em Toledo (PR). O professor era formado, desde 2005, em engenharia de materiais pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e também era engenheiro de segurança no trabalho e de produção, professor e empresário.

O diretor do Setor de Engenharias, Ciências Agrárias e de Tecnologia (Secate), Adilson Luiz Chinelatto, lembrou que Adriano entrou no curso em 1996 e era muito querido pelos professores e pela turma. Por ser do interior de São Paulo, era carinhosamente conhecido por Paulista.

Outra passageira nascida no centro-oeste paulista, a professora Silvia Cristina Osaki, que era natural de Iacri (SP), teve seu corpo identificado e liberado na segunda-feira (12). Respeitando os desejos de Silvia, sua irmã, Márcia Osaki, informou que não haverá velório e ela será cremada. A família preferiu não divulgar o local.

A professora era apaixonada por esportes e animais de estimação, e era formada em medicina veterinária e lecionava no curso do campus de Palotina da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

 

A queda

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20, mas, a partir das 13h21, a aeronave não respondeu às chamadas da torre de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22.

A aeronave caiu em um condomínio no bairro Capela, em Vinhedo, e pertence à companhia aérea Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo. De acordo com a empresa, as vítimas estavam em um avião turboélice de passageiros, modelo ATR-72.

O avião saiu de Cascavel às 11h46 e pousaria em Guarulhos. A Polícia Federal e a Polícia Civil também investigam separadamente as causas e responsabilidades pelo acidente. O Ministério Público (MP) acompanha as investigações. A companhia aérea afirmou em nota que o avião que caiu estava apto a voar e sem restrições.

Em nota, a Voepass disse priorizar “prestar irrestrita assistência às famílias das vítimas” e que colabora com as autoridades para apuração das causas do acidente. Segundo a empresa, a aeronave decolou de Cascavel sem nenhuma restrição de voo, com todos os seus sistemas aptos para a realização da operação.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronave foi fabricada em 2010 e estava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos. De acordo com a agência, os quatro tripulantes estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas.

“A Anac continua monitorando a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa. Além disso, a agência segue no acompanhamento dos desdobramentos das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)”, diz o comunicado.

A Polícia Federal instaurou inquérito para investigar o acidente. No início da noite de sexta, a FAB confirmou ter encontrado as caixas-pretas, que depois seriam enviadas a Brasília (DF).

fonte g1