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Um motorista de aplicativo de 45 anos foi encontrado morto com marcas de facadas dentro de um açude na zona rural de Taguaí (SP). O caso foi registrado na tarde desta terça-feira (29) após um produtor rural encontrar o corpo seminu e boiando. A vítima foi identificada como sendo Anderson Carlos Rosseto, que mora em Fartura. O irmão da vítima, que compareceu ao local, disse que Anderson estava trabalhando como taxista e que havia saído da casa na noite anterior, não retornando até aquele momento.

O suspeito G.H.A.F.M, de 25 foi preso em flagrante e levado para a cadeia de Piraju (SP), onde aguardava audiência de custódia. Ele mora no sítio Giuliana,9999, em Taguaí, local do crime.

Um vizinho da propriedade chamou a polícia ao encontrar o corpo boiando no açude do local dos fatos. A vítima estava seminua, apresentando facadas em várias regiões do corpo, trajando apenas uma camiseta na cor preta.

Às margens do açude a polícia encontrou pegadas de tênis e também rastros dos pneus de um veículo. O vizinho que fez o alerta, disse que num barracão, na mesma propriedade rural, havia um carro prata, diferente, que não estava guardado no dia anterior. O veículo, um Corolla, de fato pertencia a vítima.

Segundo o vizinho, no sítio havia duas casas; em uma delas morava o proprietário que está há dois meses em tratamento de saúde em Sorocaba; na outra, seu neto e a companheira dele M.L.Z.L., de 20 anos.

Indagado, o homem de 25 anos disse não saber de nada, mas sua mulher acabou confessando que na noite anterior usaram drogas e logo após a meia-noite G. saiu da casa em um carro que foi busca-lo, retornando após as 4h00min da manhã. Ele voltou sozinho no carro da vítima.

A mulher contou que o companheiro a puxou pelo cabelo, ordenando que fosse até o carro com ele – ordem que obedeceu, já que G. sempre a agride deixando lesões e também sempre a ameaça.

Juntos eles foram até o açude e a mulher contou que foi obrigada a descer e abrir o porta-malas, onde viu um corpo todo ensanguentado, já sem vida e percebeu também que havia sangue nas mãos do companheiro.

G. tirou o corpo do porta-mala, jogando-o no açude e ordenando que a mulher jogasse também as roupas do morto no açude; naquele momento, o companheiro ainda disse: “VEJA DO QUE EU SOU CAPAZ”.

Todas estas informações constam no boletim de ocorrência da Polícia Civil. Porém, no BO da Polícia Militar, consta que a mulher teria confessado que o crime foi cometido pelo companheiro e por um comparsa, que já foi localizado no centro de Taguaí, sendo também conduzido à delegacia. A perícia compareceu ao local onde o corpo foi encontrado, bem como na residência do casal que foi preso.

A motivação do crime ainda não foi esclarecida.