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Está marcada para as 20hs desta segunda(4) a votação da CPI (Comissão Processante de Investigação) que investigou o vereador Célio de Barros, o Celião (PSDB) por assédio moral em Pardinho e ao que tudo indica, a cassação do edil é eminente.

A denúncia por quebra de decoro foi protocolada pela jornalista Elaine Abramides, vítima de uma fala machista do vereador. Numa reunião parlamentar, Celião disse que : “quando eu estava de prefeito, ela [jornalista] só faltava dar pra mim”.

O áudio viralizou e o vereador chegou a pedir desculpas publicamente à jornalista. Recentemente, num pedido de liminar ele negou a fala.

A CPI (Comissão Processante de Investigação) foi instaurada em abril e afastou Celião para analisar a denúncia feita pela jornalista. O vereador acabou voltando ao cargo através de liminar provisória, após duas tentativas de retomar a cadeira.  Quatro parlamentares votaram a favor do afastamento do vereador e quatro votaram contra: Renan Pereira Eburneo, Diego Ribeiro Marcelo Camargo e o denunciado , Celio de Barros. O presidente da Câmara, Aires Nelson Merlin, deu o voto de desempate e aprovou o pedido. Um dos que votou contra o afastamento de Celião, é o vereador Renan Eburneo, investigado em denúncia por desvio de verba pública.

Em sua defesa, Celião pediu o arquivamento da denúncia, alegando vários “vícios” que teriam sido cometidos pela presidência da Câmara e chega a escrever que “a suspensão de exercício de mandato eletivo não é matéria cuja disciplina jurídica, na definição de suas hipóteses, possam ser da competência da Câmara Municipal” e que “o Regimento Interno da Câmara Municipal não prevê o afastamento imediato de vereador quando de denúncia apresentada por pessoa natural ou jurídica”.

O vereador também argumentou que não disse o que está nos áudios embora tenha pedido desculpas publicamente à jornalista na sessão em que foi afastado e aprovada a CPI. A Comissão Processante deve encerrar a investigação até julho e espera-se que o vereador seja cassado.

A deputada Isa Penna, também vítima de assédio pelo deputado Fernando Cury, poderá ir pessoalmente à sessão de hoje.