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O vereador Célio de Barros, o Celião (PSDB) investigado por assédio moral pela Câmara Municipal de Pardinho, está tentando escapar da cassação a qualquer custo e agora tenta um mandado de segurança contra a CPI -Comissão Processante de Investigação, alegando que não é dele o áudio vazado de uma reunião, na qual ele afirma que “quando eu estava de prefeito, ela só faltava dar pra mim”. A fala preconceituosa se refere a jornalista Elaine Abramides, vítima da fala machista do vereador.

A CPI foi aberta a pedido da própria jornalista que foi brutalmente ofendida pelo vereador com esse argumento machista e ofensivo durante uma reunião parlamentar – que agora, o vereador nega ter sido dele, apesar de ter pedido desculpas publicamente a jornalista quando a CPI foi votada.

Em mandado de segurança impetrado pelo vereador Célio de Barros, na segunda-feira passada, dia 20. Veja abaixo, um trecho:

 

Contudo, a própria declaração de Celião à Polícia sobre o caso, confirma a autoria da frase, sendo mais uma vez confessada que é sua e não de outro vereador como afirmado no mandado. Além disso, na reunião de testemunhas da CPI, todas as três testemunhas ouvidas, reconheceram como sendo a voz do Célio.

Veja o que ele declarou no inquérito (ouça o áudio abaixo):

 

O áudio pode ser ouvido no link abaixo:

https://youtu.be/OfAFWTSXOy4

 

Relembre o caso

Em abril, foi instaurada uma CPI (Comissão Processante de Investigação) que afastou Celião para analisar a denúncia feita pela jornalista Elaine Abramides à Câmara de Vereadores de Pardinho contra o vereador Celião (PSDB) por assédio moral.

O vereador acabou voltando ao cargo através de liminar provisória, após duas tentativas de retomar a cadeira.  Quatro parlamentares votaram a favor do afastamento do vereador e quatro votaram contra: Renan Pereira Eburneo, Diego Ribeiro Marcelo Camargo e o denunciado , Celio de Barros. O presidente da Câmara, Aires Nelson Merlin, deu o voto de desempate e aprovou o pedido. Um dos que votou contra o afastamento de Celião, é o vereador Renan Eburneo, investigado em denúncia por desvio de verba pública.

Em sua defesa, Celião pediu o arquivamento da denúncia, alegando vários “vícios” que teriam sido cometidos pela presidência da Câmara e chega a escrever que “a suspensão de exercício de mandato eletivo não é matéria cuja disciplina jurídica, na definição de suas hipóteses, possam ser da competência da Câmara Municipal” e que “o Regimento Interno da Câmara Municipal não prevê o afastamento imediato de vereador quando de denúncia apresentada por pessoa natural ou jurídica”.

A Comissão Processante deve encerrar a investigação até julho e espera-se que o vereador seja cassado.

(Fontes Canal Cuesta e Pedro Abramides)