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A Polícia Civil de Avaré (SP) divulgou ontem, dia 13, que o laudo necroscópico apontou que Jennifer Blimblem morreu por traumatismo cranioencefálico. O corpo da jovem de 18 anos foi encontrado no fim do mês passado, sem roupa e às margens de uma estrada na área rural da cidade.

De acordo com Fabiano Ferreira da Silva, delegado responsável pelo caso, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) também analisou as perfurações encontradas no peito e abdômen da vítima.

No entanto, devido ao estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado, ele informou que não foi possível concluir se as perfurações foram causadas por pessoas, algum objeto ou animais necrófagos, que se alimentam de cadáveres.

O delegado disse ainda ao G1 que o laudo necroscópico vai auxiliar nas investigações da polícia, que partem do pressuposto de que Jennifer se encontrou com alguém no período em que esteve desaparecida.

Para isso, a polícia tem analisado imagens de câmeras de segurança do centro da cidade e ouvido testemunhas. O celular dela também foi apreendido para a perícia, e o laudo pericial do local, do Instituto de Criminalística, ainda não ficou pronto.

 

Histórico de desaparecimentos

De acordo com a Polícia Civil, Jennifer Eduarda da Cruz Blimblem foi vista pela última vez no dia 24 de setembro, mas a família só registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento no dia 28. No último dia 30, um corpo em avançado estado de decomposição foi encontrado.

Segundo o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada até o ponto onde Jennifer foi encontrada depois que o dono da propriedade rural percebeu a presença de urubus e outras aves. O homem encontrou o corpo e acionou a Polícia Militar.

Ainda conforme o BO, o corpo da jovem estava sem roupas, em estado avançado de decomposição e com várias perfurações no peito e abdômen. No local, a polícia apreendeu roupas encontradas perto da vítima e mechas de cabelo na cerca da propriedade.

O corpo passou por exame necroscópico, e a vítima foi identificada no dia 1º. Ela foi enterrada na tarde do dia 2 no Cemitério Municipal de Avaré, e familiares publicaram mensagens de luto nas redes sociais.

Conforme a Polícia Civil, no dia em que desapareceu, Jennifer saiu de casa sem o celular, e o aparelho dela foi entregue pela família. A polícia informou ainda que os pais demoraram a registrar o sumiço da filha porque a jovem tinha histórico de desaparecimentos.

“Não foi a primeira vez que ela deixou a casa da família. Em outras duas oportunidades já foram registrados boletins de ocorrência de desaparecimento dela, só que ela voltou. Ela gostava mais de ficar sozinha. Ela saía sozinha e não levava o celular”, explica Ferreira.

O caso foi registrado como homicídio e está sendo investigado pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Avaré. As equipes também apuram se Jennifer foi vítima de abuso sexual e, até esta quarta-feira (13), nenhum suspeito tinha sido identificado ou preso.

 

(Fonte G1 Itapetininga e Região)