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Um alerta epidemiológico a toda população da região deveria ser feito pelas secretarias de Saúde, sobre o risco da Variante Delta do Coronavírus que foi detectada em algumas cidades próximas a Avaré.

Só em Botucatu, a Delta foi identificada pela segunda vez de acordo com o Secretário de Saúde, André Spadaro, durante seu pronunciamento sobre o boletim na última segunda-feira, 23.

Apesar de citar o registro, Spadaro não detalhou o caso, nem mesmo quando ela foi identificada. A Cepa Delta é considerada mais transmissível que as outras variantes que circulam no Brasil do Sars-CoV-2, o vírus causador da covid-19.

Na semana passada a Unesp divulgou o primeiro caso em Botucatu, de um paciente que testou positivo antes da aplicação da segunda dose da vacinação em massa no dia 08 de agosto. O paciente teve sintomas leves da doença.

Já em Bauru, o primeiro caso positivo na cidade da variante delta foi confirmado na última quarta-feira, dia 25. Com isso, a cidade se tornou a quarta do centro-oeste paulista a registrar a presença dessa variante.

O caso detectado estava entre os resultados recebidos de análise genômica de amostras de Sars-Cov-2 de pacientes da cidade, feita pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo.

A paciente é uma mulher de 54 anos, com exame realizado no dia 2 de agosto e notificação de confirmação do caso em 9 de agosto. A paciente apresentou desconforto respiratório e não foi internada.

A investigação finalizada nesta quarta-feira (25) pela Vigilância Epidemiológica verificou que a paciente é moradora de Bauru, mas esteve fora do município antes de manifestar os sintomas. A mulher não tinha recebido nenhuma dose de vacina da Covid-19.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que seguirá com o trabalho de monitoramento de casos, com o envio de amostras para análise pelo Instituto Adolfo Lutz.

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a última atualização de casos confirmados e investigados da variante delta é do último dia 23 e que, portanto, ainda não confirma a presença dessa variante em Bauru.

Em Avaré, houve uma suspeita mês passado, mas que foi descartada pela Secretaria de Saúde.

 

Outros casos

A Prefeitura de Marília também confirmou na manhã de quarta-feira mais dois novos casos da variante delta, de acordo com resultados de exames enviados pelo Instituto Adolfo Lutz. Agora, já são três casos na cidade, já que o primeiro havia sido confirmado no último dia 13.

Os casos aconteceram numa mesma família, sendo uma avó de 59 anos e o neto de 10 anos de idade. O neto começou a ter sintomas no dia 1º de agosto e a avó dois dias depois, sendo imediatamente monitorados pela equipe da Secretaria Municipal da Saúde. Ambos estão passando bem, tendo inclusive já terminado o período da quarentena de 14 dias.

Como a avó e o neto não saíram de Marília e não tiveram contato com pessoas de outras localidades, a prefeitura alerta a todos que a variante delta está presente no município e reforça os cuidados que a população deve manter.

Já em Ibirarema foram dois casos registrados que entraram para lista de confirmação do estado de SP. A divulgação foi feita pela prefeitura no dia 7 de agosto. Os exames foram confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz e os pacientes já tiveram alta médica e estão curados. A prefeitura não informou a idade das pacientes e se eles já haviam se imunizado.

 

Mais transmissível

Estudos recentes vêm apontando que essa nova versão do coronavírus é muito mais transmissível, mas um relatório interno vazado do CDC (Centros de Controle e Prevenção de Doenças), órgão ligado ao Departamento de Saúde dos EUA, chegou a novas constatações que preocupam as autoridades de saúde em todo o mundo.

O documento mostrou que a delta se espalha muito mais rápido, tem maior probabilidade de infectar vacinados e pode desencadear doenças mais graves nos não vacinados em comparação com todas as outras variantes de coronavírus conhecidas.

(Fontes G1 e Acontece Botucatu)