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O autoritarismo do Legislativo e sua total falta de comunicação e transparência no que se refere aos próprios atos, tem revoltado a população. Hoje, mais uma vez, um exemplo disso: de forma intempestiva, foi marcada para amanhã às 15h00 a sessão extraordinária que deve votar as contas reprovadas do prefeito Jo Silvestre (relativas a 2017) e o tão “esperado” título de cidadão benemérito ao radialista Rodivaldo Ripoli.

A sessão estava marcada para o dia 26 deste mês e foi antecipada sem qualquer aviso. Nem os vereadores da oposição, nem parte a imprensa recebeu qualquer informação oficial como deveria ocorrer, se a Câmara Municipal tivesse uma presidência transparente que claramente beneficia apenas quem lhe interessa, ignorando seus direitos perante a população.

Antes da presidência de Flávio Zandoná (Cidadania), as pautas do dia eram enviadas com antecedência – o que é o mínimo que deve ser feito pelo Legislativo como poder que serve à população. No site da Câmara também não há a ‘ordem do dia’ como sempre era veiculada.

A sessão promete ser polêmica tendo em vista dois assuntos principais o primeiro é a votação do parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que reprovou as contas de 2017 e Silvestre. Para a derrubar o parecer são necessários dois terços dos votos dos vereadores, ou seja 9 votos.

Seguindo o que se espera em relação ao posicionamento dos vereadores da oposição, as contas deverão permanecer rejeitadas. A votação também mostrará se Zandoná teve alguma mudança de postura seguindo o que seu próprio partido – Cidadania – havia anunciado, além da promessa de adverti-lo.

Outro assunto polêmico é em relação a outorga de título de Cidadão Avareense ao radialista e ex-vereador Rodivaldo Rípoli. A discussão certamente ficará por conta das alterações feitas no Regimento Interno, que anteriormente regia que os projetos de decretos de títulos honoríficos precisavam de dois terços da maioria para serem aprovados (mínimo de 9 votos).

Com as mudanças propostas e aprovadas pela Mesa Diretora, basta a maioria simples dos vereadores para que os projetos do gênero sejam aprovados, ou seja, 7 votos. Essa alteração deverá ser a tônica da discussão por parte dos vereadores da oposição, que se posicionam contrários à aprovação do título levando em conta que ex-vereador Rípoli teve seu mandato cassado em 2015 por quebra de decoro parlamentar. Ele disse na época em seu programa de rádio, que “depressão é coisa de viado”. Vale lembrar que ele é pai do vereador Leo Ripoli.

 

(Com informações da Comarca)