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A Polícia Civil está investigando várias denúncias de golpes envolvendo a construção de casas na região de Itapeva. Pelo menos seis boletins de ocorrência foram registrados contra o mesmo homem, que firmou contratos com as vítimas para construir casas pré-montadas, mas não concluiu os serviços.

O dono da “GBG Casas Pré Montadas” alegou ao g1 que a empresa faliu e que, por isso, parou as construções há cerca de um ano. As ocorrências que o g1 teve acesso foram registradas entre dezembro de 2021 e julho deste ano, por estelionato. Duas das denúncias foram feitas em Paranapanema e Cajuru. Já as demais vítimas são de Itapeva, onde a Polícia Civil informou que todos os casos estão sendo investigados.

“Todos os casos de Itapeva viraram inquéritos, aí a apuração é sigilosa. Depois de terminados, eles serão encaminhados ao Ministério Público”, afirma o delegado Reinaldo Braga.

Uma das vítimas conversou com o g1 sobre o prejuízo. Leandro Santos Aleixo, de 37 anos, contratou a construção de uma casa pré-fabricada de madeira no fim do ano passado, pelo valor de R$ 50 mil.

No contrato, a empresa se comprometeu a construir a casa em 130 dias, a partir do dia 13 de dezembro de 2021. No entanto, quase oito meses depois, Leandro ainda não teve notícias sobre o imóvel.

“Eu e minha esposa estamos morando na garagem do meu sogro com três crianças por causa disso. Eu estou aguardando o retorno dele [do empresário], mas ele me bloqueou no WhatsApp e não consigo falar com ninguém da família dele”, relata.

Leandro contou que vendeu a casa onde morava para pagar pela construção e já desembolsou R$ 40 mil. Segundo ele, o empresário não começou o serviço na data combinada e reforçou que a causa era o preço do material que havia subido. Por isso, o cliente teria que pagar de forma antecipada todo o valor do contrato.

“Ele também disse que foi sequestrado, que ficou doente. Aí eu decidi tornar a história pública para que mais pessoas não caiam no golpe. Eu fiz um grupo no WhatsApp que já tem 15 vítimas reclamando da mesma coisa”, conta Leandro.

O construtor manteve a versão ao g1, de que o preço dos materiais de construção subiu muito durante a pandemia e ele não conseguiu terminar as casas que havia começado a construir.

“Isso aconteceu com muitas empresas, mas já falei que vou pagar. Só preciso que parem de denegrir minha imagem na internet para eu conseguir emprego”, afirmou.

De acordo com o delegado responsável pelas investigações, o homem ainda não prestou depoimento porque não foi localizado em Itapeva.

(Fonte e foto g1)