Anúncio

Em entrevista ao in Foco, uma das professoras que participou do manifesto de ontem em Avaré, na sessão do Legislativo, relatou a humilhação e a situação vexatória a que as educadoras foram submetidas, de forma desnecessária, segundo ela.

“Foi desnecessário; só estávamos lá pleiteando algo que era direito nosso, sem qualquer ideologia política”, disse ela, pedindo sigilo em relação a sua identidade temendo retaliações e perseguições.

A manifestante disse que a verba que chegou em novembro do ano passado é aguardada para o pagamento das progressões a que tem direito a categoria, que aguarda o benefício desde 2017. “Eles queriam reverter para todo o funcionalismo e isso não é possível, porque o dinheiro é da Educação, é nosso direito”, afirma.

Para a professora o tratamento dado as colegas, com descaso, foi humilhante. “O (Flávio) Zandoná poderia dar um tratamento mais digno e conciliador, mas foi autoritário e centralizador”, ponderou.

Mas a postura da vereadora Carla Flores (MDB) foi a pior para as manifestantes. “A Carla defende uma bandeira em defesa das mulheres, mas foi a primeira a fazer chacota, tirar sarro, rindo o tempo todo, sem qualquer empatia por cada uma que estava lá; mulheres que deixaram suas famílias para pedir o que já é direito delas”, finalizou.

O projeto em questão é o que libera R$ 4.638.556,95 para pagamento das diferenças de Progressão Horizontal aos profissionais da Educação Básica e será votado na próxima segunda-feira, dia 11.

O projeto foi enviado no dia 22 de março ao Legislativo e passa por comissões. D”(…)solicitamos providências para elaboração com maior brevidade possível de Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre abertura de créditos de superavit financeiro junto ao legislativo, para adequação ao orçamento vigente, no valor de R$ 4.638.556,95, que será utilizado para pagamento das diferenças remuneratórias e encargos, de 01/03/2017 a 31/12/2021, decorrente da implementação de Progressão Horizontal aos profissionais da Educação Básica”, diz o Executivo no ofício.

Diante dos protestos, o presidente do Legislativo Flávio Zandoná (Cidadania) decidiu encerrar a sessão ontem, mas o que revoltou os internautas foi a forma como as professoras foram tratadas.

Veja um novo trecho da sessão de ontem.