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Cinco meses atrás, a saúde do Brasil vivia um colapso; em Avaré a situação não foi diferente. Um caos com Pronto Socorro sem médicos e uma Santa Casa (SC) lotada, sem leitos e com filas de pacientes. Para o provedor da SC Miguel Chibani o pior momento da pandemia foi a ameaça da falta de medicamentos no mercado.

“Durante quase dois anos de pandemia, muitos momentos de angustia aconteceram. Mas vivenciamos os piores momentos quando havia uma iminência da falta de produtos para sedação de pacientes e os profissionais que estavam na linha de frente, buscaram alternativas de todas as maneiras para controlar o uso dos sedativos para que não faltasse e cada dia era um dia, mas graças a Deus com ajuda da Secretaria, do Governo do Estado, conseguimos superar”, desabafa ele.

Em entrevista exclusiva ao in Foco, Chibani falou sobre o momento atual de tranquilidade ou ‘aparente tranquilidade’. O provedor acha temerário falar em fim da pandemia. “Ano passado nesta época também havia uma onda de otimismo e a infecção voltou com uma força mais forte do que a considerada primeira onda. Sem querer ser pessimista, mas realista, tenho receio porque em países europeus que estavam com alguma euforia, deram uma relaxada e uma nova variante do coronavírus tem se propagado pela Europa, que atualmente é a região do mundo mais afetada pela pandemia. Foram mais de 2,5 milhões de casos e quase 30 mil óbitos em 7 dias”, pondera, complementando : “Inúmeros países da Europa ainda mantem restrição a entrada de estrangeiros sem a devida imunização pelas vacinas, que ainda é o único meio comprovado de imunização, mas a tendência das autoridades do Brasil não é seguir essa regra”.

Para Chibani, a queda nas internações é atribuída exclusivamente à vacinação da população. “Sinceramente não encontro outra explicação, mesmo que possa não ser aceita por todos ou mesmo contestada, ainda que vacinados tenha contraído o Covid, mas o único fator que motivou a queda das internações, a redução da transmissão do coronavírus foi decorrente da vacinação da população”, enfatiza.

O provedor acredita que este não seja o momento oportuno para liberação de festas e desuso da máscara. “Já passamos dois anos. Já perdemos muitos amigos e parentes que não estarão conosco no natal e nem no ano novo, então vamos manter viva a memória deles; em respeito a eles vamos nos vacinar, nos cuidar, para que no futuro tenhamos realmente um ano novo muito profícuo, proveitoso, feliz e todos com saúde”.

Chibani faz uma observação especial em relação às festas de final de ano: “Natal é uma festa comemorada em todos os lares; o final de ano também porque estamos renovando nossas esperanças de um ano melhor. Toda aglomeração é um risco em potencial. Se seguir as normas do ano passado segurando os festejos à beira-mar, a população ter o respeito ao covid, evitar o máximo as aglomerações, restringindo nossas festas com os familiares, será uma forma de precaução e redução da possibilidade de contágio. Acredito e peço a Deus que não voltemos a ter os picos do passado, mas novas ondas, menores poderão acontecer”.