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O motorista que sobreviveu ao acidente que matou quatro pessoas após dois veículos caírem da ponte que liga Paranapanema a Itaí (SP), na Rodovia Raposo Tavares (SP-270) dia 21  de dezembro, está fazendo uma campanha para pagar o conserto do caminhão que utilizava para trabalhar.

O autônomo Diego Almeida Braz contou que viveu um “milagre” ao sair da tragédia com ferimentos leves. “Estava voltando de Avaré, onde descarreguei uma carga de cimento. Lembro do carro vindo na minha direção. Por Deus, eu só tive alguns ferimentos. Nasci de novo e tenho a oportunidade de estar com minha família”, lembrou o motorista, que há quase 11 anos trabalha como autônomo em Buri (SP).

Apesar disso, o sentimento de gratidão tem sido tomado pela preocupação, já que o caminhão que Diego dirigia no momento do acidente não possuía seguro. Sem dinheiro para pagar o conserto do veículo, avaliado em R$ 20 mil, o motorista está impossibilitado de trabalhar. Ao g1, ele relatou que está dependendo da ajuda de parentes e de amigos para sustentar os três filhos, que têm de nove a 14 anos de idade.

“Não conseguia arcar com os custos do seguro, sustentar uma família não é fácil, por isso sempre tive muito cuidado na estrada. Quando caiu a ficha, logo veio a preocupação. Como que eu vou pagar o conserto, sendo que o caminhão era minha ferramenta de trabalho? Como vou sustentar minha família sem trabalhar?”, explicou o caminhoneiro.

Diante da situação, os amigos de Diego deram início a uma campanha nas redes sociais para ajudá-lo. Apesar da comoção, o valor do conserto ainda está longe de ser atingido.

“Conquistei esse caminhão com muito suor e ainda restavam algumas parcelas para quitá-lo .Era um sonho antigo, que virou um problemão. Minha esperança é que as pessoas me ajudem. Eu só quero voltar a trabalhar”, lamentou Diego.

Os interessados em contribuir com a campanha podem entrar em contato pelo WhatsApp (15) 99781-0923.

Acidente

O acidente ocorreu no dia 21 de dezembro e envolveu três veículos. Quatro pessoas morreram, sendo três idosos que estavam no carro e o motorista do caminhão, de 42 anos. Um vídeo enviado à TV TEM mostra o momento da queda dos veículos após a batida (assista acima).

A Polícia Civil informou que, inicialmente, obteve a informação de que o motorista do carro tentou ultrapassar um caminhão semi-reboque na ponte, mas acabou batendo de frente com outro caminhão que seguia no sentido contrário da rodovia.

Com a batida, o carro foi arremessado, bateu no caminhão que tentou ultrapassar e os dois caíram no Rio Paranapanema. O carro foi retirado do rio no mesmo dia, assim como os corpos de três idosos que viajavam no veículo.

As vítimas foram identificadas como sendo Antônio Toledo do Amaral, de 79 anos, que dirigia o carro; Antônia Rivera do Amaral, de 76 anos e esposa de Antônio; e Benedita da Silva Pereira, de 74 anos e prima de Antônia.

Segundo parentes, eles estavam voltando para Manduri (SP) depois de passarem alguns dias em Sorocaba (SP). Os idosos foram velados e enterrados em Itaporanga (SP) e Avaré.

Já o corpo do caminhoneiro foi retirado do rio no dia 22 de dezembro. De acordo com os bombeiros, ele estava dentro da cabine do caminhão submerso e foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) de Avaré (SP).

Ele foi identificado como André Dias de Oliveira, de 42 anos, natural de Assis (SP). Segundo o boletim de ocorrência, ele tinha saído de Jundiaí (SP) e iria para Ourinhos (SP) entregar uma carga de adubo. Ele deixou dois filhos, de 13 e 16 anos, e a esposa. André foi enterrado no dia 23 de dezembro, no Cemitério Municipal de Assis.

(Fonte e foto G1)