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Um dos projetos que será discutido na sessão de hoje, 6, no Legislativo de Avaré é de autoria do vereador Magno Greguer (PTB) e quer tornar rodeios, “patrimônio cultural, prática esportiva e de relevante importância social e econômica para o Município da Estância Turística de Avaré”.

O projeto pode gerar polêmica já que é tema de muitos debates em todo o país.  O projeto ainda autoriza a Prefeitura a fornecer incentivos financeiros aos peões para o exercício de atividades esportivas.

Em sua justificativa, o vereador destaca que o projeto “visa estabelecer a defesa do tradicionalismo e reafirma o rodeio como parte da cultura gaúcha (?), com ênfase em Avaré, município onde ocorrem grandes eventos, com participações, inclusive, de representantes de diversos município, que aqui encontram hospitalidade e festas de rodeios”.

Ainda segundo o autor do PL, “a realização dos rodeios e festas geram benefícios à economia local, em especial na comercialização de bebidas, alimentos, transporte, veterinários e organização”.

Em São Paulo capital, por exemplo, os rodeios não são permitidos desde 1993. Já em nível de Estado, a Assembleia Legislativa de São Paulo determina, na lei nº 10.359, de 30 de agosto de 1999, disposições gerais aos rodeios, relativas à defesa sanitária animal, ficando expressamente proibidas práticas lesivas às condições de sanidade dos animais.

Como exemplo, pode-se citar a privação de alimentos e o uso, na condução e domínio dos animais, ou durante as montarias, de aparelho que provoque choques elétricos, esporas com rosetas que contenham pontas, quinas ou ganchos perfurantes, que cause lesão física ao animal e barrigueira que não atenda às especificações técnicas.

Os rodeios no interior de São Paulo movimentam o setor econômico em diversas regiões. Mas a prática protagoniza debates sobre a proteção dos animais, em que defensores pedem a proibição.

Por outro lado, os organizadores afirmam que o rodeio é um esporte reconhecido legalmente, de acordo com a Lei nº 13.364, de 29 de novembro de 2016, que inclui a atividade, bem como as respectivas expressões artísticas e esportivas, como manifestação cultural nacional.

Especialistas afirmam que no Brasil, diferentemente do que é dito por muitos, a prática do rodeio nada tem de cultural, tratando-se de uma cópia do modelo norte-americano, já que os primeiros bovinos criados por aqui eram da raça caracu, que são animais pesados e com enormes guampas, sendo impossível sua utilização para fins de rodeios.

 

(Fonte parcial Voz do Vale e Conjur)