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Num gesto de total desrespeito com educadoras da rede municipal que protestavam na noite de hoje (15) por seus direitos, o vice-presidente da Câmara Municipal de Avaré, Flávio Zandoná, juntamente com a mesa diretora – Roberto de Araujo e Ana Paula – encerrou a sessão e simplesmente apagou as luzes, para que os manifestantes fossem embora.

Segundo informações, a sessão teria sido encerrada por conta da polêmica envolvendo a eleição do novo presidente já que Leo Ripoli deixou o cargo, após inúmeras divergências com a mesa e a direção do legislativo, mas a atitude foi vista com desrespeito já que não houve tolerância ou diálogo com as educadoras que vem protestando há tempos para o enquadramento previsto em lei.

Zandoná, mesmo assumindo em minutos a presidência de forma temporária, mostra novamente a marca de sua gestão, cercada por polêmicas e atos ditatoriais.

Essa não é a primeira vez que profissionais da Educação foram protestar na Câmara Municipal. Há cerca de 2 anos, as educadoras tem tentado resolver a situação irregular. Em março, as ADIs – Auxiliares de Desenvolvimento Infantil- também protestaram  contra a atitude da secretaria de Educação do município, em não reconhecê-las como educadoras.

Em entrevista anterior ao in Foco, o vereador Marcelo Ortega (Podemos), explicou que o cargo de ADI foi criado apenas para pagar menos as professoras e este é o grande problema; todas as 200 ADIs que atuam nas 14 unidades escolares em Avaré possuem formação, mas não são enquadradas como docentes e portanto, além de receberem valores menores, perdem direito a benefícios – embora esteja tudo previsto em lei.

“É uma injustiça que deve ser corrigida. Não há como cuidar sem educar” ressaltou o vereador Marcelo Ortega. Ele explicou que a única forma de corrigir isso, é o prefeito Jô Silvestre enviar ao Legislativo projeto de lei fazendo o enquadramento da categoria, incluindo até mesmo adicional de insalubridade a que muitas tem direito.

Diariamente, estas profissionais atuam em escolas municipais cuidando de crianças inclusive portadoras de deficiência.

As ADIs prometem uma paralisação, já que estão revoltadas e indignadas com a falta de respeito com que tem sido tratadas . Só este mês, a secretária de Educação, Josiane Medeiros, cancelou por duas vezes, reunião para abordar o assunto.

Veja abaixo, fotos e vídeos da polêmica sessão de hoje