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O feriado de 1º de Maio, dia do Trabalho, terá uma nova manifestação em alusão ao caso da avareense Yandra Nitsche Preste, vítima de violência doméstica. O movimento é organizado por um grupo de amigos e familiares da jovem e será realizado a partir das  9h00, na Concha Acústica, em Avaré.

Este movimento, dedicado à conscientização contra abusos e violência doméstica contra a mulher, terá a participação de alunos dos cursos de Direito e Psicologia da Faculdade Eduvale que darão suporte e informações às vítimas, segundo Karine Nitsche, mãe de Yandra. Haverá ainda uma palestra com o delegado Marco Antonio.

Karine convidou toda a população a participar da manifestação e reforçou o pedido para que todos usem camiseta branca, enfatizando que o ato é pacífico.

Em março, o grupo já realizou um ato de solidariedade com homenagens à Yandra – ato que serviu de alerta para o aumento da violência contra as mulheres e dos feminicídios. Dias depois, uma mulher inclusive foi morta à facadas pelo ex-marido em Avaré.

O movimento pretende abordar novamente a questão do feminicídio e dos diversos tipos de violência contra a mulher. A manifestação tem apoio da prefeitura, Eduvale e União Negra Avareense (UNA).

O manifesto chamado “Até quando?” evoca a capa  do in Foco, cujo título é o mesmo.

 

Relembre o caso

A jovem Yandra foi encontrada morta em sua casa no parque Jurumirim pela própria mãe, dia 19 de fevereiro. Inicialmente havia a hipótese de suicídio, mas depois de algumas inconsistências o caso também deve ser investigado como suposto feminicídio.

A vítima vinha sofrendo em um relacionamento abusivo com  L.D.B. e dois dias antes da morte, na madrugada do dia 17, registrou boletim de ocorrência por agressão, mas infelizmente o exame de corpo de delito só foi marcado para a segunda-feira, quando ela lamentavelmente foi encontrada morta.

No dia Internacional da Mulher, dia 8, uma prima da vítima, fez uma postagem com fotos da agressão que Yandra havia sofrido dois dias antes da morte.

O que causou polêmica é que apesar das marcas de agressão, elas não constaram no laudo necroscópico (autorizado pela família). A família contestou o laudo, considerando que as lesões são desapareceram antes da morte.

O in Foco chegou a falar com o médico legista Poio Novaes, mas ele insistiu que o documento estava correto e afirmou que não havia lesões.

Contudo, no dia seguinte à manifestação, um laudo complementar foi divulgado pela Delegacia de Defesa de Mulher.

Fotos mostram as marcas da agressão registrada em boletim de ocorrência dia 17, inclusive com dedo quebrado. As fotos foram feitas pela própria mãe a pedido de Yandra no dia 18.

A polícia ainda não concluiu o inquérito. Até o momento não há mais novidades do caso.