Diante de um cenário de ameaças à liberdade de expressão e ao acesso à informação, um estudo feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) identificou que os ataques contra mulheres jornalistas têm se mostrado cada vez mais frequentes e preocupantes no Brasil. Levantamento feito ao longo de 2020 mostra que as mulheres foram alvos diretos de 61 violações à liberdade de imprensa, ou 17% do total de ataques. Dentre os ocorridos no meio digital, 56,76% das vítimas eram jornalistas mulheres.

O estudo não foi atualizado, mas não é preciso pesquisar muito para se comprovar que bem próximo a nossa realidade isso também ocorre. O caso da jornalista Elaine Abramides, do Canal Cuesta Interativo de Pardinho é um exemplo disso.

Ela foi vítima de assédio moral e machismo por parte de um vereador, identificado por ela como Celio de Barros (PSDB). Numa reunião realizada nesta terça (30) na Câmara Municipal de Pardinho, o vereador teria dito uma frase extremamente ofensiva direcionada a ela : “…quando estava de prefeito faltava dar para mim lá dentro”.

Elaine procurou a jornalista Cida Koch do in Foco e também diretora da regional da API –Associação Paulista de Imprensa para denunciar o parlamentar e pedir apoio da imprensa. Ela tem recebido manifestações e moções de apoio.

A jornalista já abriu inquérito e registrou o caso em boletim de ocorrência. O texto no final da matéria é de autoria dela. O in Foco procurará o Legislativo de Pardinho para saber quais providências a Comissão de Ética tomará em relação ao caso, uma vez que a fala ofensiva do vereador – confirmada por vias judiciais – pode ser classificada como falta de decoro parlamentar, além do crime de assédio moral.

Polêmica –  Esse é mais um caso polêmico para o Legislativo de Pardinho que virou notícia já que um dos parlamentares – o vereador Renan Pereira Ebúrneo (PTB) está sendo investigado por suposto desvio de verba para pagamento de equipamento de som em festa particular. Suposta irregularidade veio à tona, depois que a Polícia Civil passou a investigar compras suspeitas em nome da prefeitura.

Os vereadores de Pardinho (SP) aprovaram na noite do dia 17 de março uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar a denúncia. Em uma sessão de mais de três horas e com a participação de todos os parlamentares do município, incluindo o vereador envolvido no escândalo, sete dos nove vereadores votaram pela abertura da Comissão Especial de Inquérito.

A denúncia aponta que Renan Ebúrneo teria combinado o pagamento de um equipamento de som usado em uma festa particular e pedido à assessora da prefeitura a emissão de nota fiscal.

“Você tinha falado que tinha conversado com ele para ter karaokê e o karaokê é do rapaz, ele me explicou depois. Aí na sexta-feira, na praça, estava eu e o Ricardo lá. Ele chegou [e disse]: ‘amanhã falaram para levar o som’. E eu falei: ‘é mesmo, a Viviane falou para você?’. Quando ele falou: ‘aí eu tenho que acertar para o rapaz’. O Ricardo (chefe de gabinete exonerado) estava perto, aí o Ricardo falou: ‘aí depois emite nota, alguma coisa para ele, aí você repassa para ele’. Então, vai ter que fazer isso, Vi, de pegar uma nota, de tirar uma nota no valor de R$ 300 e o Chitão repassa para ele”, diz o vereador em áudio pelas redes sociais.

Desvio de verba pública

A polêmica veio à tona em outro escândalo envolvendo servidores públicos. Entre os dias 17 e 20 de janeiro, a Prefeitura de Pardinho fez compras em papelarias e lojas esportivas de Botucatu (SP), com altos preços e notas com suspeita de superfaturamento, que estariam sendo usados para uso pessoal de servidores municipais. Áudios de conversas indicam que as compras teriam sido autorizadas por Antônio Carlos Corulli “Tai”, chefe de compras da prefeitura.

Entre os itens adquiridos pela prefeitura estão canetas no valor de R$ 150 a unidade, mochilas a R$ 449 e tênis e sapatos comprados a mais de R$ 400. O total das notas fiscais das compras soma quase R$ 18 mil.

As compras de material escolar e sapatos seriam para crianças que são acolhidas na Casa Transitória do município em situação de vulnerabilidade. Mas, segundo as denúncias, os produtos, na verdade, foram destinados para uso pessoal de funcionários públicos que trabalham na Secretaria de Assistência Social.

Além desses áudios, quando o suposto esquema foi descoberto, a diretora de Assistência Social e a assessora mostraram medo de que somente elas fossem punidas pelas compras irregulares.

“Eu sei que a gente errou, sabe Raquel? Você errou de deixar a gente comprar. Eu errei de ir lá comprar. A Alessandra errou de ir lá comprar. A Rô errou. Todo mundo errou. Todo mundo erra, vem lá de todo mundo e só a gente vai pagar o pato? Então, não é justo”, diz a assessora.

A Polícia Civil já ouviu mais de dez pessoas entre investigados e testemunhas no caso das compras em lojas de Botucatu. Em relação à abertura da CEI na Câmara Municipal, a investigação deve durar inicialmente 90 dias para apurar as responsabilidades do vereador Renan Ebúrneo no caso da suposta nota fria.

(Com informações e foto do portal G1)

 “QUANDO ESTAVA DE PREFEITO FALTAVA DAR PARA MIM LÁ DENTRO”

Fala machista de parlamentar da cidade de Pardinho se referindo a jornalista em reunião na câmara municipal. Nessa terça feira (29/03) as 19h na sala de reunião da câmara municipal de Pardinho

Estavam reunidos os 9 vereadores desse município juntamente com o procurador jurídico , onde a pauta  da reunião era para tratar de assuntos relacionados a CEI comissão especial de inquérito que foi aberta para apurar  áudios que supostamente seria do vereador Renan Eburneo.

10 homens reunidos onde 9 deles estão para representar o povo Pardinhense- 5 deles da base de apoio do prefeito reservaram parte da reunião para falar sobre o meu trabalho que mostra  fatos, verdades  e por fim um dos vereadores atacou a minha honra como mulher.

Nessa mesma reunião, outro parlamentar da base do governo também se referiu a outra mulher com palavras ofensivas  “ vou meter o cassete” e continuou a denegrir o trabalho dela.

Homens esses que se dizem a favor da família, da moral e do bons costumes.

Homens esses que alguns são pais de filhas mulheres!!!!

Homens esses que tem namorada e esposa !

Eu quero manifestar aqui o meu repúdio e indignação contra o vereador que proferiu palavras machista contra a minha pessoa, na qual que deveria legislar a favor do bem comum, das mulheres e das crianças   que nessa noite de terça feira de 29/03 lacrou  a reunião na casa de Leis (na casa do povo) com a fala machista e sexista desonrando a  minha pessoa como mulher 

Utilizando a seguinte expressão

“ … QUANDO ESTAVA DE PREFEITO FALTAVA DAR PARA MIM LÁ DENTRO”

Seguidos de gritos frenéticos pelos outros 4 vereadores

Essa manifestação com o uso de um vulgo ditado popular, expressa o total desrespeito pelas mulheres que seguidamente são usadas para justificar uma cultura machista arraigada em nossa sociedade, que além de mostrar a face da violência que as mulheres sofrem todos os dias, coloca-a como algo aceitável e corriqueiro.

Desta forma entramos com representação face a Polícia Civil

Essa fala machista e deprimente  sera dispobilizada na íntegra em  áudios gravados que os mesmos já estão em poder da polícia e com autorização da minha advogada irei disponibilizar.

Manifesto o aqui meu repúdio contra o referido vereador  para que as mulheres alcancem espaços sociais e profissionais de livrando de pessoas com falas asquerosas e nojentas como a tal

Sou mulher e exijo respeito !

Fica meu repúdio e indignação que esse mês março da mulher vereadores que usaram a tribuna pedindo salva de palmas para as mulheres como fachada

Para depois fazerem isso ?

Mais respeito !!!!

Cala boca já morreu, quem manda na minha boca sou eu

Ministra Carmen Lucia

Ouça os áudios do caso