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Um caso lamentável com suspeita de erro médico e negligência por parte do Estado, ocorrido em Avaré, será apurado pela justiça.

Em dezembro de 2021, uma internauta chamou a atenção de toda a imprensa ao usar a rede social para fazer um apelo, pedindo uma vaga de UTI para a mãe, internada em estado grave no Pronto Socorro local. “Minha mãe vai morrer se não for transferida. Ela está entubada na emergência do PS e já tentaram desentubar e teve duas paradas cardíacas e os rins já estão parando. Ela já pegou encaminhamento pra Unesp mais está esperando ser chamada. Se não transferir ela vai morrer gente!”, disse desesperada a filha à epoca.

Infelizmente logo após a postagem, a mãe dela faleceu. A filha é Ana Claudia Dias Albuquerque, cujo nome foi mantido no anonimato na divulgação inicial do fato pelo in Foco, na época dos fatos.

Ontem, juntamente com sua advogada Juliana Clemente Rodrigues, ela registrou boletim de ocorrência no Plantão Policial de Avaré em razão da morte da mãe, Ana Maria de Oliveira, ocorrida em 12 de dezembro no PS.

Isso porque há suspeita de erro médico e de negligência por parte do Estado. Conforme o prontuário médico, requerido junto à  Secretaria de Saúde de Avaré pela Advogada que representa a família,  consta que Ana Maria foi socorrida e conduzida ao Pronto Socorro pela equipe do SAMU, em 10/12/21, às 04h e 38min.

Na ocasião, ela apresentava falta de ar, sendo cardiopata, constando na ficha de atendimento do SAMU, que era alérgica a Dipirona, e mesmo assim foi prescrita e ministrada a medicação durante o período de internação.

A vítima deu entrada no hospital já em estado grave.  De acordo com a classificação de complexidade da assistência de enfermagem, a paciente necessitava de cuidados intensivos.

No entanto, a paciente ficou na sala de urgência, aguardando leito de UTI, não sendo colocado seu nome no sistema CROSS, inviabilizando a internação na UTI. No dia 11/12/2021, foi ministrado novamente a Dipirona, conforme ficha de prescrição médica.

No dia 12/12/2021, anotou-se no prontuário que a paciente teve piora e continuava na sala de urgência clínica. Nesta data, por volta das 12h e 47min, ela teve uma parada cardíaca, vindo a óbito.

Segundo a Advogada que representa a família, com o registro do boletim de ocorrência, será requerida a investigação do caso pela Polícia Civil.

O in Foco acompanhará o caso e aguarda algum posicionamento da Saúde local.