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A sessão que iria votar a cassação do o vereador Célio de Barros, o Celião (PSDB), investigado por quebra de decoro após assédio moral em Pardinho, foi adiada lamentavelmente, graças a um mandato impetrado pelo edil Diego Gimena Redua Ribeiro, membro da CPI e que havia votado contra o afastamento de Celião, em abril quando foi instaurada a CPI.

A alegação é que ele não foi “devidamente convocado para a votação do relatório e tampouco foi dado acesso aos autos para o parecer final”. O mandato é contra o presidente da CPI Joel Rodrigues Neto; o juiz Fábio Fernandes Lima de Botucatu assinou a liminar que agora adia por mais dez dias a cassação, que parece ser eminente, pois é baseada num grotesco assédio moral contra a jornalista a Elaine Abramides, num caso que repercutiu em toda a região e enfatiza as posturas machistas e violentas contra as mulheres.

“Coincidentemente” o advogado do vereador Diego – Celso R. Orsi Lapostte –  é o mesmo de Celião, que conseguiu mandato para retornar ao cargo. Desde o dia 1º de julho, está na página oficial da Câmara de Pardinho, comunicado da sessão.

Relembre o caso

Em abril, foi instaurada uma CPI (Comissão Processante de Investigação) que afastou Celião para analisar a denúncia feita pela jornalista Elaine Abramides à Câmara de Vereadores de Pardinho contra o vereador Celião (PSDB) por assédio moral.

O vereador acabou voltando ao cargo através de liminar provisória, após duas tentativas de retomar a cadeira.  Celião disse em uma reunião que “”quando eu estava de prefeito, ela [jornalista] só faltava dar pra mim” – um comentário machista e ofensivo – o que pode ser comprovado por áudios já publicados (inclusive pelo in Foco).

Quatro parlamentares votaram a favor do afastamento do vereador e quatro votaram contra: Renan Pereira Eburneo, Diego Ribeiro, Marcelo Camargo e o denunciado , Celio de Barros. O presidente da Câmara, Aires Nelson Merlin, deu o voto de desempate e aprovou o pedido. Um dos que votou contra o afastamento de Celião, é o vereador Renan Eburneo, investigado em denúncia por desvio de verba pública.

O vereador argumentou recentemente  que não disse o que está nos áudios embora tenha pedido desculpas publicamente à jornalista na sessão em que foi afastado e aprovada a CPI.