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Por onde você olha há aumentos: combustíveis (gasolina foram 8 só este ano), energia, supermercado, eletrônicos, material de construção, roupas, calçados, remédios, ração do pet, carros  enfim, dificilmente há algo no Brasil que não teve reajuste. Mentira. O salário mínimo e o auxílio emergencial que foi reduzido para 375 reais. Tudo isso em um cenário pandêmico e com desemprego nas alturas, além das falências empresariais. O custo de produtos e serviços essenciais para a população ficaram mais altos nos últimos meses.

De todos estes itens que tiveram aumentos – vários absurdamente abusivos – há um que é extremamente essencial, mas que pode ser reduzido com várias ações: a energia.

Geladeira, chuveiro, aquecedor e ar-condicionado são os vilões da conta de luz nos lares brasileiros e passaram a pesar ainda mais no orçamento após o aumento da bandeira tarifária vermelha patamar 2, cuja cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos — uma alta de 52%.

De acordo com simulação realizada pela Plataforma Clima e Consumo do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) com 11 equipamentos elétricos a geladeira frost free é o eletrodroméstico que mais consome energia (56,88 kWh/mensal) porque precisa ficar ligada 24 horas. Na bandeira verde, uso do refrigerador por um mês geraria um gasto de R$ 37,34. Na bandeira vermelha reajustada, por sua vez, o valor subiu para R$ 39,19.

Gastos com banho também não ficam para trás: 15 minutos de chuveiro elétrico (33,75 kWh/mensal) por dia durante 30 dias resultam em custo de R$ 23,15 ao mês na bandeira vermelha patamar 2. Na verde, seria R$ 22,15.

O ar-condicionado de 10 mil BTU/h, preferência dos brasileiros principalmente no verão, consome 71,14 kWh por mês. Se o aparelho for usado durante quatro horas por dia, durante um mês, geraria um gasto de R$ 46,10 na bandeira verde e de R$ 49,01 na bandeira vermelha patamar 2.

Na avaliação de Clauber Leite, coordenador do programa de energia do Idec, o isolamento social provocado pela Covid-19 fez com que muitos brasileiros priorizassem o conforto dentro de casa e consumissem mais energia.

Buscar equipamentos mais eficientes, segundo o coordenador, é a melhor forma de reduzir o consumo de energia sem deixar de utilizar os eletrodromésticos que facilitam o dia a dia. “O desafio agora é usar as mesmas coisas [equipamentos], com menos frequência. Precisamos de medidas estruturantes. O uso responsável é importante, mas é uma das medidas necessárias. O governo precisa contribuir”, afirmou.

“Existem geladeiras mais eficientes, que geram uma economia de até R$ 30 por mês. A gente consegue checar o consumo médio delas na própria etiqueta”, indicou o coordenador.

Estratégias simples para economizar energia:

  • Trocar lâmpadas fluorescentes por lâmpadas led;
  • Apagar as luzes durante o dia;
  • Reduzir tempo de banho para, no máximo, 5 minutos;
  • Passar apenas as roupas necessárias;
  • Desligar equipamentos em desuso da tomada;
  • Diminuir a temperatura da geladeira no inverno;
  • Se possível, trocar eletrodomésticos antigos por modelos novos.

(Fontes G1, Uol, Veja e CNN)