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Não bastasse tentar intimidar com processos jornalistas, a diretora do Legislativo em Avaré, Ádria de Paula, contestou publicamente ontem o blog do Ogunhê sobre a moção de repúdio assinada pela secretária Carla Flores (MDB) como vereadora.

O Curtas do Ogunhe veiculou matéria sobre o curioso fato das moções de repúdio e apoio aprovadas pelos vereadores da base governista na última segunda-feira (14). Em uma das moções, a atual secretária Carla Flores (MDB) assinou o documento como vereadora. Ocorre que ela já estava oficialmente no cargo de secretária de Relações Institucionais conforme decreto 6.666 de 1º de fevereiro, publicado no semanário oficial. Na outra moção, apenas o presidente a assina, mas ainda consta o nome da agora secretária. Vale ressaltar que o suplente de Flores, Lazaro Cardoso Filho, mais conhecido Lazão, assumiu a cadeira no legislativo dia 7 de fevereiro. O vereador teve 421 votos na eleição municipal de 2020.

Essa “curiosidade” também foi relatada pelas Curtas do Ogunhê com base na matéria do in Foco e a diretora da Câmara, postou como resposta, uma acusação de fake.

“Apenas para esclarecer: a Moção em questão foi feita na sexta-feira, dia 28 de janeiro, e a vereadora estava na Câmara em plena atividade. Apenas por questão de regra regimental, o citado documento DEVE ser datado com a data da Sessão Ordinária em que será apreciado e votado. Na Câmara não há só vereadores. Há também funcionários responsáveis e todos, servidores e vereadores, cumprimos o que determina a lei! Por gentileza, não há necessidade de se criar factoides sem antes nos perguntar, apenas com o objetivo de atacar a instituição e seu presidente. Estamos à disposição para esclarecer e trazer a VERDADE! Obrigada!”, escreveu ela em resposta ao jornalista. Em outros trechos ela também discute com alguns internautas.

Entretanto, a diretora esqueceu de dizer que na data citada por ela, o Legislativo estava em recesso e não houve nenhuma sessão extraordinária. Abaixo, a matéria na íntegra do Curtas do Ogunhê.

ADRIA DE PAULA CONTESTA CURTAS DO OGUNHÊ

Após levar corretivo de um juiz a respeito de questões de imprensa, onde lhe foi ensinado alguns fundamentos da liberdade jornalística, Adria de Paula reclamou, nesta página, de reportagem que aponta suposto erro cometido, onde Carla Flores teria assinado um documento na condição de secretária municipal, e não vereadora.

Segundo Adria, a moção de repúdio citada na matéria ” foi feita na sexta-feira,  dia 28 de janeiro, e a vereadora estava na Câmara em plena atividade”.

Mas alguns fatores desmentem a versão da diretora da Câmara.

1) Uma das Moções de Repúdio/Apoio que a matéria cita é a de número 004/2022, datada 07/02/2022. O documento é assinado por Carla Flores, que  já havia abandonado sua cadeira na Câmara para subir o segundo andar do Paço Municipal. Portanto esse documento contradiz o que argumenta Adria de Paula.

2) A outra Moção de Repúdio é datada de 14 de fevereiro, e não tem a assinatura da secretária de Jô Silvestre, Carla Flores, mas tem o nome dela junto com os demais vereadores da base, um erro crasso não mencionado por Adria de Paula.

3) No site da Câmara não há registro de uma sessão extraordinária realizada no dia 28 de janeiro, o que é estranho, pois como a diretora da Câmara pode mencionar uma determinada reunião camararia em certa data específica e, ao conferirmos o portal do Legislativo, tal sessão não consta da relação oficial?

4) Na hipótese de que eventual moção teria sido realmente redigida ou aprovada nessa data (28/01), por que as únicas Moções disponibilizadas trazem datas posteriores à mencionada pela diretora?

Os documentos citados estão publicados junto a essa postagem.

Adria de Paula, em sua resposta, coloca ainda o seguinte: “Por gentileza, não há necessidade de se criar factoides sem antes nos perguntar, apenas com o objetivo de atacar a instituição e seu presidente. Estamos à disposição para esclarecer e trazer a VERDADE!”

O Curtas do Ogunhê, por tudo acima colocado, demonstra que não se tratam de factóides, mas sim questionamentos legítimos, e cumprir a função de uma reportagem não é atacar ninguém, aliás de imprensa pelo jeito a diretora nada entende, diante do vexame da improcedência da ação por ela movida contra uma jornalista.

Já que ela se mostra tão disposta a defender a verdade, solicitamos que publicamente ela apresente TODOS os gastos de Carla Flores na sua viagem à Rússia, desde as despesas de traslado ida e volta ao aeroporto, custos de passagens, gastos com alimentação e hospedagem e o nome de quem a acompanhou e os valores despendidos com essa pessoa. Ficamos no aguardo

(Fonte Curtas do Ogunhe)