Foto: Alberto Rodrigues/Arquivo pessoal
Anúncio

Eleito um dos 50 melhores profissionais da educação do mundo, o professor de Piraju (SP) viajou até Paris, capital da França, para ser homenageado na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A cerimônia aconteceu na última terça-feira (8).

Alberto Rodrigues dos Santos concorreu ao prêmio “Global Teacher Prize”, considerado um Nobel da educação, com o projeto “Eu sou sensacional”, onde desenvolveu com os alunos formas para se sentirem sensacionais, a partir da construção coletiva do currículo escolar e também da escolha do que eles queriam aprender.

O educador já era conhecido por seus métodos pedagógicos criativos. Em 2021, para aproximar os alunos durante a pandemia da Covid-19, utilizou técnicas de tridimensionalismo para criar projeções holográficas em tamanho real.

A cerimônia de homenagem na França contou com a presença da representante da Unesco no Brasil, Marlova Noleto, a diretora de educação da Unesco do Brasil, Rebeca Otero e o Ministro da Educação, Camilo Santana.

Em  entrevista ao g1, o professor Alberto relatou, com emoção, a honra de receber o título. “Dia inesquecível (…) É uma emoção muito grande participar desse momento tão importante para a educação mundial. O sentimento é de gratidão em poder participar desse encontro com os melhores professores do mundo”

Para ele, estar entre os 50 melhores educadores do mundo é fruto de um longo e dedicado trabalho. “É uma oportunidade única de compartilhar experiências com profissionais do mundo inteiro”, comenta.

“Espero que esse evento possa estimular outros professores brasileiros a participarem desse prêmio e acreditarem que é possível estar entre os melhores do mundo, porque temos em nosso país professores e professoras que desenvolvem trabalhos incríveis e que precisam ser compartilhados”.

Educação lúdica

Ao g1, o professor também conta apesar de ter sido sua segunda visita a Paris, esta viagem foi especial. “Foi um encontro com os melhores do mundo”, comenta.

Alberto destaca que, além do prêmio, foi possível expor reivindicações e demandas sobre a educação no Brasil. Um dos projetos que ele apresentou aos representantes do país falava sobre a construção de salas de artes nas escolas, para incentivo cultural.

“A gente [no Brasil] tem muito uma educação voltada aos padrões e até mesmo muito rígida, temos que seguir uma forma de dar aula, mas também precisamos fazer coisas fora da caixa e não desistir por falta de apoio”, acrescenta.

Segundo ele, é importante ter um espaço específico para arte nas escolas, pois atenderia diversos desejos de alunos que, muitas vezes, não teriam a oportunidades de expressar seus talentos artísticos.

Alberto afirma que fica feliz em poder representar o Brasil na competição e, com isso, encorajar mais profissionais a criarem forma lúdicas e dinâmicas para ensinar, que principalmente priorizem as vontades dos alunos.

 

(fonte g1)