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Os vereadores da oposição boicotaram a sessão extraordinária da Câmara Municipal marcada para a manhã desta terça, 16, que elegeria o novo presidente. Com a ausência, a sessão foi remarcada para amanhã, dia 17 às 17hs.

O imbróglio agora envolve a presidência do Legislativo, cujo cargo está vago depois da renúncia de Leonardo Ripoli (PTB) e que agora é oposição ao governo, fazendo com que Jô Silvestre (PSDB) perdesse a maioria com essa mudança.  A renúncia veio após vários embates com a mesa diretora – Flávio Zandoná, Ana Paula Tiburcio e Roberto de Araujo – e com a diretora Adria de Paula.

Os vereadores da oposição – Marcelo Ortega (Pode), Isabel Dadário (União), Adalgisa Ward, Hidalgo de Freitas, Luiz Claudio e Carlos Wagner (PSD) – discordam da forma como Flávio Zandoná (Cidadania), atual vice-presidente, quer comandar a eleição.

Extraoficialmente, sabe-se que, como o cargo de suplente está vago, Zandoná quer eleger um novo suplente, para conduzi-lo à presidência, considerando que isso está previsto no regimento interno. Quem ocupava este cargo era o vereador Jairinho do Paineiras (PTB), cujo mandato foi suspenso por determinação judicial depois de condenação por fraude e sonegação.

De acordo com a Lei Orgânica, em seu artigo 20 “o mandato da Mesa será de dois anos, proibida a recondução de qualquer de seus membros para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente”; o parágrafo 4º afirma que “vagando-se qualquer cargo da Mesa, será realizada eleição para seu preenchimento no expediente da primeira Sessão subseqüente à verificação da vaga”.

E este seria o motivo da divergência uma vez que a oposição quer eleger o vereador Carlos Wagner à presidência.

Lamentavelmente, estas polêmicas sem qualquer diálogo só aumenta a queda de braço e projetos que deveriam ter sido votados, continuam na pauta. Ontem, pela quinta vez, a sessão foi suspensa e adiada; vale lembrar a atitude lastimável de total desrespeito com as educadoras que protestaram ontem por parte de Zandoná, que ignorou a manifestação e mandou apagar as luzes do plenário para que as ADIs fossem embora da “casa do povo”.

Veja abaixo o que era para ter sido votado ontem na “casa do povo”