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A prova de redação é uma das mais importantes dos vestibulares e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nela, o estudante mostra se tem capacidade não só de leitura e escrita, como também de estabelecer uma linha de raciocínio coerente.

Os vestibulares da maioria das universidades cobram quatro tipos de redação. Confira abaixo os detalhes de cada um:

Dissertação

É o estilo de redação que mais cai em vestibulares. O candidato recebe uma proposta de texto, tem que analisá-la e, em seguida, desenvolver uma linha pensamento, defendendo a sua posição. Normalmente, o tema da dissertação é um assunto da atualidade ou que é discutido com frequência na sociedade. Para se dar bem, o estudante tem que tomar partido, mostrar argumentação e, em especial, tomar cuidado para não fugir ao tema.

Uma dissertação deve seguir o seguinte esquema:

  • Introdução: apresentar de maneira clara o assunto que será tratado e delimitar as questões que serão abordadas;
  • Desenvolvimento: mostrar ideias, pontos de vista, conceitos e informações que serão desenvolvidas;
  • Conclusão: expor uma avaliação final do assunto discutido.

Saiba como fazer uma boa dissertação

A dissertação costuma ser cobrada nos principais vestibulares do Brasil, tais como o da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), que seleciona estudantes para a Universidade de São Paulo (USP), e o da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Dissertação no Enem

O Enem cobra uma redação dissertativa-argumentativa que traz uma frase tema e textos de apoio para que o estudante possa desenvolver suas ideias. O texto deve ter, no máximo, 30 linhas.

O Inep, organizador do Enem, apresenta ao candidato uma questão-problema, geralmente ligada a Direitos Humanos ou Meio Ambiente. Em seguida, ele precisa desenvolver uma proposta de intervenção, ou seja, uma solução para o problema, na sua redação.

 

Carta

Outro tipo de redação que pode ser cobrada em vestibulares é a carta-argumentativa. Nesse caso, o estudante é um emissor que tem que tentar persuadir o interlocutor sobre algum assunto. O candidato deve ficar atento para seu texto ter início, meio e fim. Como é uma carta, a redação deve ser estruturada, contendo os seguintes elementos:

  • Cidade e data
  • Vocativo, ou seja, a pessoa a quem é endereçada a carta
  • Texto
  • Despedida
  • Nome do emissor

Por ser uma correspondência, a linguagem tem que ser formal, clara e objetiva. A carta, por exemplo, pode ser uma solicitação a algum político ou pessoa que ocupe um cargo de notoriedade.

Alguns vestibulares, como o da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), costumam cobrar cartas nas propostas de redação. Em outras provas de redação, a Unicamp já cobrou relatórios, resumos, resenhas, artigos de divulgação, sínteses, comentários de internet, verbetes, entre outros.

 

Artigo de opinião

É um tipo de redação na qual o estudante defende o seu ponto de vista sobre determinado assunto. Geralmente, o texto é escrito na 1ª pessoa do singular ou do plural.

A proposta desse tipo de artigo é que o candidato convença o leitor ao apresentar as suas opiniões pessoais sobre o tema em questão. Desse modo, é necessário exercer o poder de argumentação.

Veja abaixo dicas para mandar bem no artigo de opinião:

  • Reflita sobre o assunto
  • Analise a quem o artigo é dirigido
  • Apresente o tema com objetividade
  • Separe os argumentos que vai usar
  • Defenda seu ponto de vista
  • Conclua o texto com firmeza e segurança
  • Escolha um título atrativo

 

Narração

Ao optar por esse estilo de texto, o estudante costuma ficar mais livre para desenvolver uma história e, assim, estimular a sua criatividade. Assim como os demais tipos de redação cobrados em vestibulares, na narração é necessário ter começo, meio e fim.

É importante destacar que o candidato tem que cumprir o que pede a proposta de texto, atendendo ao esquema-síntese da narração, que é organização dos seguintes elementos:

  • Personagens
  • Apresentação dos personagens
  • Discurso
  • Enredo
  • Foco narrativo

O discurso é maneira como será contada a história. Existem três tipos de discursos na narrativa. Ele pode ser direto, quando o narrador é um personagem falando diretamente para o leitor, seja participando do enredo, seja apenas contando-o.

No caso do discurso indireto, quem apresenta a história interfere na fala do personagem, ou seja, ele conta os acontecimentos na terceira pessoa. Isso mostra que as falas podem não ser literais; mais bem, traduzidas na linguagem de quem está narrando os fatos.

A narração também pode ser contada via discurso indireto livre, que é a combinação dos dois anteriores.

A narração pode ter três tipos de narrador: o personagem, que participa ativamente como personagem; o observador, que conta a história do lado de fora, sem estar presente nas ações e o narrador-onisciente, que relata os fatos na terceira pessoa, mas que, eventualmente, pode fazer intromissões em algum momento.

(Fonte Brasil Escola)