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Vamos à reflexão, aproveitando o mês das mães…

Quantas vezes por dia já se perguntou se está educando ou educou o seu filho de maneira correta? Imagino que várias e, que, mentalmente, o instinto materno responde automaticamente da seguinte forma: com os ingredientes como amor, carinho, atenção, não há como errar. Todavia eu lhe questiono. Será mesmo que somente isso basta?

É fato que ao nascer um filho, nasce também a mãe, com toda sua força e um emaranhado de pensamentos e incertezas sobre a vida e sobre como educar seu filho. Ainda que tenha feito cursos relacionados à maternidade durante a gestação ou pela vida afora ou, que tenha conversado por horas com sua mãe, avó, tia, prima…seja quem for. Quando nasce o seu bebê, ele é único e só você e ele se entenderão e saberá disso. Para as futuras mamães, aposte: ao longo dos meses a autoconfiança vem! Siga a sua intuição e as inseguranças nos cuidados primários desaparecerão.

Mas, voltando ao desenvolvimento humano, à medida em que a criança cresce, os comportamentos mudam e é estabelecida a necessidade de impor limites. Nesse quesito, você sabia que a primeira palavra que a criança aprende é o NÃO?! Perceba que interessante essas expressões: “Não coloque o dedo na tomada!” “Não suba aí!” Não…não…não. E é possível até observar, conforme o desenvolvimento infantil, o não com a cabeça e com o dedo indicador desse pequeno ser. Sabe o que há de curioso aí?! O quão importante e necessário é o aprendizado da palavra NÃO. Isso mesmo. Você, mãe, dizer NÃO! Estabelecer o limite. Impor as regras, pois não basta apenas correr e pegar a criança no colo com a intenção de protegê-la ou evitar que ela caia ou, simplesmente, que não coloque o dedo na tomada. Ela precisa internalizar a palavra não e assim apreender, entender o que pode e o que não pode fazer. Se você agir por ela, essa internalização não ocorrerá.

É de suma importância que a criança e o jovem consigam estabelecer autonomia e responsabilidades sobre suas ações, isso para que se tornem adultos com comportamento mais assertivo, resiliente e tolerante às frustrações.

A partir daí estabelecemos, contudo, uma conexão em relação ao título deste artigo e o retorno ao meu questionamento ainda no primeiro parágrafo. Entende-se então que educar vai muito além de estar disponível 100% do tempo, dar carinho, amor e atenção ao seu filho. Educar é também saber dizer não e impor regras claras, sem barganhas. É repreender, é questionar, é entender comportamentos.

Torna-se importante deixar claro que o amor incondicional de uma mãe para com seu filho é inquestionável. Porém, ao longo do tempo, se ela exerceu de fato seu papel, considerando o que foi exposto anteriormente, essa mãe deve tornar-se desnecessária no que tange os cuidados para com seu filho. Isso mesmo que você leu. Não se assuste. A boa mãe torna-se desnecessária à medida que o tempo se esvai, isto é, ela vai deixando de ser o foco principal da vida do filho, uma vez que esse cresce e constrói sua própria história. E aí não me refiro a negligenciar a figura materna e o que ela implica, mas entender que o filho pode e deve recorrer à sua mãe considerando-a como um porto seguro onde “ancorar sua embarcação” para desfrutar do amor maternal; mas não, sobremaneira, essa mãe ser a fonte suprema dos processos decisórios da vida de seu rebento.

A partir deste momento, gostaria de propor nova reflexão… Você ainda está presa aos “passos” de seu filho, esquecendo-se que este pode ter 30, 40 ou 50 anos? Adota o velho lema que é seu filho querido e, mesmo que seja adulto, o chamará de benzinho, bebê?! Será que você permite que ele tome decisões por si só? Escolha a noiva ou noivo; pague as contas; lave suas próprias roupas; cozinhe sua própria refeição; vá ao banco resolver pendências financeiras; marque a consulta médica por conta própria. São atividades estas triviais, mas que muitas mães adoram fazer para seus filhos. Quantas já vi resolvendo a vida do filho “marmanjo”!!

A ideia que quero deixar é: crie seu filho para explorar o mundo, não para viver debaixo de suas “asas”!!!! Por fim, mas não menos importante, digo que a palavra mãe carrega em si um peso (devido à autocobrança e os julgamentos sociais) e uma responsabilidade gigantes. Mas sem dúvida é o título mais sublime que uma mulher pode receber.

Um abraço!