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As Polícias Militar e Civil confirmaram hoje vários detalhes do crime ocorrido na tarde de ontem, envolvendo sequestro e tortura de duas mulheres. O motivo é mesmo passional. O agressor C.R.Z. de 45 anos, arrombou a casa da ex, D.C.A.G., de 51 anos, na manhã de ontem, fazendo reféns duas amigas dela: S.E. de 59 anos e I.A.C. de 48.

O local do crime foi um sitio na zona rural de Barra Grande, numa casa próximo ao Aeroporto de Avaré-Arandu. Uma das mulheres estava numa cadeira de rodas por causa de uma cirurgia no joelho, foi amordaçada e torturada com uma faca na garganta. A outra amiga foi obrigada a enviar mensagens a ex do agressor, pedindo que ela voltasse para a casa – caso contrário, ele dizia que mataria ambas.

Uma das vítimas conseguiu convencer o agressor a liberá-la para ir ao banheiro, momento em que ela conseguiu avisar a amiga para que não voltasse para casa e que chamasse a Polícia Militar.

Com a chegada da PM e o cerco policial, o agressor foi preso e responderá por violação de domicílio, ameaça, vias de fato, injúria, violência doméstica, sequestro e cárcere privado.

À polícia, a ex-namorada contou que “há aproximadamente 4 meses, namorou C. por aproximadamente 15 dias, em um momento em que ela estava fragilizada, porém não vieram a morar juntos. Durante esse período, ele às vezes era uma boa pessoa e trabalhador, porém, quando consumia bebidas alcoólicas e “crack”, ele ficava “doido”, “transtornado”, “via coisa onde não existia”, se tornava uma pessoa extremamente agressiva e fazia diversas ameaças, dizendo que iria matar a declarante e o ex dela, caso reatassem o antigo relacionamento”.

Diante da agressividade do então namorado e com medo de que ele pudesse lhe fazer mal, a vítima fugiu para São Paulo e lá permaneceu por 4 meses. Recentemente, a mãe do agressor lhe telefonou pedindo para que ele reatasse o relacionamento com ele, pois ela dizia que, por causa dela, o filho estava indo para igreja e parou de usar drogas, se transformando em um outro homem.

Diante do pedido, a declarante retornou para Avaré no começo deste mês, porém de imediato ela notou que ele continuava “doidão” e agressivo. A mulher, com medo deC., veio a “ficar” com ele uma vez, mas não quis mais se relacionar com ele.

Recentemente ele foi até sua casa e, como não encontrou a declarante e o carro dela no local, passou a importunar suas amigas que estavam pernoitando na casa dela.

Ontem, ela saiu para comprar água e comida, quando recebeu mensagens de sua amiga I., dizendo que o ex estava na casa dela, as ameaçando. Durante o período em que manteve as mulheres reféns, o agressor, enviou várias mensagens de áudio, contendo ameaças de morte e injúria e teria ameaçado matar até um gato da vítima.

Mesmo na delegacia, D. foi ameaçada de morte e foi ofendida por palavras de baixo calão pelo ex – fato que foi gravado por uma das amigas.

A vítima teme que caso o ex seja posto em liberdade, venha atrás dela, motivo pelo qual ela pediu representação criminal contra ele, para que seja responsabilizado criminalmente pelos atos cometidos ontem, dia 27,  e também há 4 meses atrás, quando iniciaram o namoro. A vítima manifestou desejo de que ele permaneça preso por um bom tempo, para que ela tenha tempo para refazer sua vida e pediu as medidas protetivas da Lei Maria da Penha, de modo que ele seja proibido de se aproximar dela, de seus familiares, de suas amigas, de sua casa, bem como para que ele seja proibido de realizar qualquer tipo de contato, por qualquer meio de comunicação, com a declarante.

Interrogado, o indiciado não respondeu a nenhuma pergunta.