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Pitágoras dizia: “Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e a Deus”. Essa frase só faz sentido obviamente se você tem essa busca e os chacras são instrumentos para isso. Eles são centros energéticos distribuídos pelo corpo, originários das escrituras sagradas do hinduísmo – a palavra chakra significa “roda” em sânscrito e, não à toa, eles estão em constante movimento. Sua comunicação se dá por canais condutores, chamados Nadis, por onde passa nossa energia vital. Representam nossos “centros magnéticos vitais, que fazem parte da natureza sutil do ser humano”, e por isso, exercem tanta influência sobre a saúde e o comportamento. Um chacra é um vórtice de energia que roda em movimento circular dentro do corpo, em um nível vibratório.

O corpo, em suas diversas facetas – isto é, física, emocional, espiritual e mental – está sob a responsabilidade dos chakras. De acordo com os textos védicos, sagrados no hinduísmo, existem mais de 80 mil desses centros energéticos localizados em nossa geografia, trabalhando diariamente para garantir a manutenção da casa (que é você). Os mais importantes, no entanto, são sete, que estão localizados ao longo da coluna vertebral. Cada um tem uma área de atuação específica, e o conjunto contempla as sete principais glândulas do sistema endócrino, entre outros componentes da estrutura humana.

Eles são o motor elétrico da alma. Eles não só atraem como também irradiam uma energia de vibração. Cada um dos sete “governam” um órgão principal ou glândula que se liga a outras partes do corpo e ressoa na mesma frequência do chacra correspondente.

O chacra funciona também como a porta de entrada para elevação dos níveis de consciência: cada ativação de chacra trará ao indivíduo novos conhecimentos e aumentará seu nível de consciência. A importância de tê-los alinhados e equilibrados é a garantia de uma vida mais feliz, saudável e em sintonia consigo. Quando um chacra está desequilibrado, pode afetar o órgão ou glândula a ele relacionado e gerar desequilíbrios emocionais, mentais e físicos.

A ordem dos chacras vai de baixo para cima e começa no início da coluna, com a cor vermelha. Passa pelas cores laranja, amarelo, verde, azul e índigo, até chegar no topo da cabeça, com a cor violeta. Cada uma das cores representa a frequência vibratória de cada chacra e correspondem também às exatas cores do arco-íris.

Para que haja harmonia entre as funções do corpo, é preciso que os chakras estejam alinhados. O equilíbrio de cada ponto vital pode ser trabalhado por meio de diversas técnicas, não necessariamente vinculadas ao hinduísmo. Entre elas, o reiki, a meditação, a terapia com cristais e a cromoterapia. Podemos equilibrá-los sozinhos ou coletivamente; à distância – alguns centros especializados propõem consultas virtuais e tratamentos por meio de visualizações criativas, com mandalas e cores – ou na presença de um terapeuta. Tudo vai depender da linha adotada e do tratamento com o qual cada um se identifica. Cada chakra tem sua pedra, cor e mantra, o que facilita o exercício da harmonização.

Mas atenção: apesar de ser possível estabelecer contato com os chakras no conforto de seu lar, essa não é uma atividade (totalmente) para amadores. É fundamental ter acompanhamento (e conhecimento) de um terapeuta.

 

Os chacras

 

CHAKRA BÁSICO – Muladhara

De cor vermelha, o chakra básico tem como elemento principal a terra. Ele é responsável pela manutenção da vitalidade, disposição e conexão com o mundo material. Está localizado na região do períneo. Quando desalinhado, pode causar alienação, falta de ânimo ou excesso de apego ao mundo material.  Corresponde à cor vermelha, fica na base da coluna, está relacionado com a glândula adrenal e diz respeito à sobrevivência, à nossa ligação com o planeta Terra, ao mundo material, à vitalidade, segurança e pertencimento. Um chacra básico desequilibrado pode nos deixar receosos, com a sensação de não pertencimento, além de nos tornar apáticos, aterrados em assuntos supérfluos, lutando contra vícios, sem domínio sobre o corpo físico e a sexualidade. É o conflito entre a parte material e física de cada indivíduo.

 

CHAKRA SACRO – Svadhisthana

O chakra sacro fica localizado na região pubiana, é responsável pela manutenção de nosso sistema reprodutor. Ele exerce poder sobre a fertilidade, os impulsos sexuais e também sobre nossa capacidade criativa. Boas ideias são impulsionadas pelo chakra sacro. Sua cor é laranja. O segundo chacra chamado também de Swadhistana fica acima dos genitais e ele está relacionado aos órgãos reprodutores, bexiga, baixo-ventre e vesículas. Esse chacra representa o nosso entusiasmo, alegria de viver, sexualidade, criatividade, contato com o inconsciente. É representado pela frase “eu sinto”. Quando em desequilíbrio, pode trazer ciúmes, depressão, ressentimentos, inveja e emoções negativas em geral.

 

CHAKRA PLEXO – Manipura

Fica a três centímetros do umbigo e está intimamente ligado ao sistema digestório, em especial ao pâncreas. Seu elemento é o fogo. É nele também onde se concentra a energia do poder pessoal, da comunicação entre mente e corpo físico. Por ser central, também desenvolve um papel importante na distribuição de energia pelo corpo. Quando desalinhado, pode tornar a pessoa narcisista ou, ao contrário, muito insegura.  O terceiro chacra é o plexo solar, ou Manipura. Esse chacra amarelo pode ser representado pela frase “eu posso” ou “eu faço”. É ele quem distribui a energia vital para os outros chacras e, por isso, está localizado no meio. Por ser um “sol”, relaciona-se com energia pessoal, vitalidade, força, poder, abundância e realização. Quando em desequilíbrio, pode causar ambição desenfreada, autoritarismo, inércia e falta de amor próprio, entre outros malefícios.

 

CHAKRA CARDÍACO – Anahata

O quarto chacra é chamado de cardíaco, ou Anahata. Localizado no centro do peito e de cor verde, está ligado à glândula timo e pode ser simbolizado com a frase “eu amo”. Ele reflete os sentimentos de amor, empatia, afetividade, compaixão, gratidão e generosidade. Ou seja, atua no campo dos relacionamentos e da cura. Seu desequilíbrio pode acarretar irritação, taquicardia, isolamento, depressão, frustrações e rancor. O chakra cardíaco é responsável por fornecer energia ao sistema circulatório e cardiorrespiratório. Também está relacionado à glândula timo, que é componente do sistema imunológico. No campo comportamental, tem a função de reger relações afetivas e sentimentos. Quando desalinhado, pode causar tanto problemas emocionais quanto cardíacos ou imunológicos.

 

CHAKRA LARÍNGEO – Vishuddha

É o chakra azul. Fica próximo à garganta e comanda as funções da tireóide. Está relacionado à nossa capacidade de expressão, corporal e verbal. Portanto, quando desalinhado, pode gerar dificuldade na comunicação, insegurança ou problemas na faringe, laringe e nos demais componentes da região. O quinto chacra chamado também de Vishuddhi, localiza-se na garganta e sua frase é: “eu me expresso”. Regula toda nossa capacidade de expressão nas mais variadas formas e é responsável por fazer a ponte entre os nossos sentimentos mais profundos e a comunicação. Quando em desequilíbrio, pode acarretar dor de ouvido, problemas vocais, asma, introspecção, preconceito, tagarelice, pobreza de espírito, deboche e criticismo.

 

CHAKRA FRONTAL – Ajna

Pode ser representado em azul ou branco e está localizado na parte superior do rosto. É responsável pelo sistema nervoso e está relacionado também à visão. O chakra frontal, conhecido também como chakra do conhecimento, tem a ver tanto com a nossa capacidade de enxergar o mundo material quanto com a intuição e o sentimento. Em equilíbrio, pode gerar bons frutos, como a concentração e a capacidade de raciocinar com clareza. O sexto chacra é chamado frontal, terceiro olho ou Ajna. Localiza-se entre as sobrancelhas, tem cor azul-índigo, está relacionado à glândula pituitária e à frase “eu vejo/entendo”. É ligado à nossa intuição e responsável pelo aprimoramento da nossa visão interior, compreensão e entendimento das questões. Também responde pelo raciocínio, capacidade de aprendizado, observação, compreensão e segurança nas decisões. Quando em desequilíbrio, pode acarretar fragilidade emocional, problemas de raciocínio, desconexão consigo próprio, indecisão e falta de segurança.

 

CHAKRA CORONÁRIO – Sahasrara

De cor violeta, o chakra coronário está no topo da cabeça. Responde à nossa conexão com o mundo espiritual, com as energias do universo e também com o cérebro e a consciência.

O sétimo e último chacra – Sahasrara –  possui cor violeta, representa a glândula pineal e a frase “eu sou”. É a conexão com o divino, nosso eu superior. Relaciona-se com o propósito da nossa alma, com a nossa ligação com tudo o que é, unicidade, paz de espirito, amor incondicional. Seu desenvolvimento é feito em silêncio e meditação. É responsável pela irrigação energética do cérebro, e seu desequilíbrio pode trazer perturbações mentais, fobias, neuroses, pânico e vazio interior, entre outras manifestações negativas.

 

(Fontes Jornal da USP,  Laura Capelhuchnik e Metropoles)